22 ¶ Reunião

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Na manhã seguinte precisei estar de pé cedo

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Na manhã seguinte precisei estar de pé cedo. Coloquei um terno preto sem gravata com uma camisa social branca por debaixo. Arrumei alguns documentos juntos ao notebook que usaria. Agi em modo automático para que não perdesse o foco, eu me olhei no espelho e me vi como o futuro presidente. Eu estava muito contente, Caina. Seria minha primeira iniciativa e eu queria causar boa impressão.

Quando estava preste a sair, ouvi batidas na porta. Havia pedido serviço de quarto mas pelo horário duvidava que fosse. Então acreditei que pudesse ser o Lucas.

Mas me surpreendi ao abrir a porta e te encontrar.

— Caina? — indaguei, surpreso com a visita inesperada. Você sorriu amigavelmente enquanto suas bochechas coravam. Discretamente mordiscou o lábio inferior, soando envergonhada e até nervosa por estar ali tão cedo e aparentemente sem motivo.

— Oi, bom dia... — balbuciou entre um suspiro nervoso. Olhou-me dos pés à cabeça, parecendo gostar do que via. — Só vim te desejar boa sorte. Sei que é importante pra você hoje.

Eu fiquei exasperado de tanta felicidade. Era como se ocorresse explosões atômicas dentro do meu peito, um embolo de neve na boca do estômago. Não contive o sorriso. Aquilo era muito importante pra mim.

— Obrigada, Caina. É muito importante.

Você assentiu e preparou-se para ir, mas antes que fosse tornou a me fitar. Ergueu um dos punhos fechados e o abriu na minha frente, só então reparei no objeto que segurava entre os dedos. Era uma mini chave de fenda, do tamanho de um moeda de 50 centavos.

— Ganhei isso do meu pai no meu aniversário de dez anos... Quando ele me deu, disse que toda vez que eu precisasse de sorte era só apertar bem firme o punho com ela dentro e pensar em algo positivo. — contou, nostálgica. — Pegue. Precisará mais do que eu.

— Mas é seu.

Você sorriu em concordância, tomando a liberdade de colocar a chave na minha mão.

— Apenas aceite, Colin. — pediu. Queria eternizar aquele momento, gravar na minha mente e levar para sempre. Te encarei por longos segundos, desenhando mentalmente cada traço seu, cada expressão. Tentei decorar o som da respiração, o encontro dos cílios e o mover dos lábios. Eu não achei que te veria para sempre, então precisava gravar nas minhas lembranças. Eternizar, sabe?

— Obrigada.

— Boa sorte. Até mais.

Quando se virou e foi embora, foi como se uma parte de mim estivesse indo com você. E na verdade estava, meu coração. Sim, Caina. Naquela manhã você teve meu coração nas mãos. Você poderia fazer o que quisesse com ele que eu não me importaria.

Segui contente à destino do restaurante, onde ocorreria a conferência. Durante o caminho encarei aquela pequena chave, tendo boas lembranças sondando minha cabeça. Me senti corajoso e capaz de conquistar o mundo. Guardei o objeto no bolso interno do terno, sob o peito, esperançoso de que me trouxesse sorte.

Como Perdi Essa Garota? - I Onde histórias criam vida. Descubra agora