Colin Hawkins estava com sua vida estrategicamente planejada. Centrado nos estudos e na grande paixão pelo futebol, ele se vê numa encruzilhada ao ter que assumir os negócios da família, sendo obrigado a abrir mão da liberdade e sonhos. No meio dess...
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Era sábado à noite, Yong havia nos convidado para ir jantar em um dos restaurantes da sua família para comemorar seus 25 anos. Só iria os mais próximos, no caso, eu, Kart, Abie, Valentin com a namorada e até Lucas. Nosso ciclo de amizade concluía ai.
Iria sozinho, pois Lucas tinha mandado uma mensagem avisando que iria se atrasar. Estacionei o carro um pouco distante pela falta de vaga, andei três minutos para chegar à frente do restaurante. Era um ambiente super agradável e aconchegante, frequentavam pessoas da mais alta sociedade. A família de Yong era famosa pela culinária exótica e inovadora, também não era nada barato comer ali.
Quando entrei no restaurante e me direcionei à mesa reservada, senti como se meus pés tivessem se fundido com o chão de madeira. Ao olhar para cada par de olhos sentados, me deparei com os seus. Podia ter uma multidão, não importa a quantidade, eu sempre te encontraria.
Sabe por quê?
Você não era um ser extremamente discreto. Falava sempre alto, dando risada das desgraças alheias. Contraditória. Apesar das cicatrizes, sempre confiante. Sabia se expressar quando notava os olhares críticos sobre si. Teus cabelos eram chamativos, marcantes, diferente dos das outras garotas. Suas roupas bregas? Nem se fale! Te olhando assim, não dava pra saber qual era o teu verdadeiro eu. Você poderia ser quem quisesse, e era.
Você se mantinha na defensiva ao mesmo tempo que se abria para que outras pessoas entrassem.
Você seria notável mesmo invisível.
— Ai está ele! — Kart fora o primeiro a me cumprimentar. Ele levantou para me abraçar, em seguida Yong e Valentin.
— Achei que iria se atrasar. — comentei ao olhar para o Lucas. Ele estava sentado ao seu lado. Ele te olhou e sorriu. — Não sabia que teríamos mais um convidado.
— Sim, tomei a liberdade de pegar o número do Yong no teu celular quando estava no banho. — contou, astuto. — Ele deixou eu trazer uma companhia.
Instantaneamente encarei Yong, o mesmo deu de ombros, balbuciando: ''O que queria que eu fizesse?"
— Por que não senta aqui e aproveita a noite? — Abie se prontificou ao levantar e puxar a cadeira para mim sentar ao seu lado, mas o erro naquele assento é que era justamente de frente pra você.
O melhor lugar seria sentar de costas para você, assim poderia ignorar tudo sobre você.
— Podemos trocar de lugar? — perguntei à Valentin, que revirou os olhos.
— Não seja um otário, cara. Apenas sente. — Kart respondeu. Ele tentava inutilmente cortar um pedaço de carne com uma faca de plástico. — Que droga!
