3 ¶ A vingança de Jay Sherman

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Alguns dias passaram, uma semana talvez

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Alguns dias passaram, uma semana talvez. Não voltamos a nos topar. Você sumiu; não que eu estivesse te procurando. Eu não estava. Mas não vou negar que esperei ansiosamente pelo momento em que nos encontraríamos novamente. Sorrisos bobos e imaturos tomavam conta dos meus lábios a cada vez que pensava sobre essas possíveis probabilidades. Estranhamente fiquei ansioso para te encontrar novamente.

Vale e eu caminhávamos por um dos corredores da universidade quando avistamos uma roda de pessoas próximas a um dos armários. Alguns celulares direcionados ao núcleo do ciclo. Os murmúrios soando entre as paredes, causando barulhos excessivos.

— O que está acontecendo? — indaguei, curioso. Vale deu de ombros, pegando o celular do bolso para verificar uma nova mensagem. Parecia ser da Abie.

— Não faço ideia. — balbuciou. Ele me olhou de escanteio. — Não vou poder participar do treino de hoje. Tenho que terminar uma pesquisa.

— Vai poder amanhã?

Vale baixou o celular para me responder.

— Acho que não, cara. Essa semana estou focado nos estudos, preciso estar preparado para as provas finais. — respondeu rapidamente. Ele encolheu os ombros, desculpando-se através do olhar. — Podemos marcar algo à noite.

E foi assim que Valentin Lapenna deixou de comparecer aos treinos, e logo em seguida, aos jogos.

Fomos à aula e depois ao refeitório. Sentamos todos juntos, como de costume. Yong provava um doce de tiramisu que havia feito na aula, Kart paquerava uma das garotas do time de futebol feminino enquanto Vale contava sua experiência ao dissecar um sapo. Um assunto mais interessante que o outro. Eu realmente cheguei a me perguntar o por que de ainda ser amigo deles.

— É uma sensação magnífica! Imagina quando for um corpo de verdade? — vislumbrou com os olhos brilhando, entusiasmado. Kart o olhou, sustentava um sorriso irônico nos lábios. Sempre que dava aquele sorriso sabíamos que iria alfinetar alguém. E seus alvos, na maioria das vezes, éramos nós.

— Você quer entrar para o médicos sem fronteiras e ajudar os necessitados. Não acredito que no meio dessa ''aventura'' vá dissecar um corpo humano.

Vale revirou os olhos.

— Às vezes me questiono o por quê de ainda sermos amigos. — rebateu, nos fazendo rir.

Kart o enviou uma piscadela.

— Porque sou demais! Sem mim, o que seria de vocês, meros plebeus.

Os dois - outra vez - entraram numa breve disputa de quem era o mais inteligente, Yong se concentrou no doce, e eu olhei ao redor, a procura de algo mais interessante pra ver. Foi quando meu olhar caiu sobre você, Caina, parada na entrada da cantina com uma badeja em mãos. Parecia à procura de um assento desocupado, ou uma mesa vaga. As pessoas te olhavam e faziam comentários maldosos, mas você os ignorava com maestria. Era como se nada do que estivesse acontecendo te afetasse. Fiquei contente por isso... Durante alguns segundos tive certa segurança de que estava se saindo bem.

Como Perdi Essa Garota? - I Onde histórias criam vida. Descubra agora