28 ¶ Na madrugada

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Na madrugada, por volta das 4 horas da manhã, foi quando finalmente nos saciamos

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Na madrugada, por volta das 4 horas da manhã, foi quando finalmente nos saciamos. A cada pausa que dávamos nossos corpos implorava por mais. Foi a noite mais quente que tive em toda minha vida, eu sabia que não seria mais o mesmo. Que pela primeira vez na vida eu teria algo pelo que lutar: Você. Eu te queria na minha vida, Caina. Te queria na minha cama, no quarto, na sala e até mesmo no pátio. Em todo canto possível.

— Isso foi bom. — arfou ao meu lado, com a cabeça deitada no meu peito nu. Respirei fundo, encarando o forro de madeira rústica.

— Sim... foi.  

Manteve-se alguns segundos em silêncio, pensativa, talvez imaginando mil maneiras de me dar um fora, de acordar de madrugada e fugir sem um adeus. Você era esse tipinho covarde que foge para não ter que dar explicações.

— Quantas garotas já trouxe aqui?

Te olhei rapidamente, sorrindo maroto.

— Isso não é uma pergunta que se faz para uma pessoa que acabou de transar. — repliquei, risonho.

Rolou os olhos enquanto passava os dedos sobre a tatuagem no meu peito. Eu tinha um grande escorpião tatuado, algo relacionado ao meu signo. Cobria boa parte do meu peito e abdômen.

— Apenas responda, Hawkins.

Nenhuma, Caina.

Você foi a primeira.

Eu adorava aquela sintonia entre a gente. Aquela conexão entre os nossos corpos. Podíamos não ter conexão mental, mas corporal era inegável.

— Eu não sei dizer ao certo. Não é como se eu contasse. — respondi com diversão, te arrancando suspiros.

— Já namorou sério alguma vez na vida?

Dei de ombros, me afastando de você para sentar na cama. Você me acompanhou, embrulhando-se com o lençol. Usava apenas a calcinha, o sutiã jogado em algum canto do cômodo. Alguns fios caídos sobre a testa, fios dourados dando contraste entre os coloridos.

— Por que está perguntando isso?

Pousou o queixo sob os braços cruzados.

— Porque quero conhecer você.

Eu ri.

— O certo não era ter me conhecido antes de ir pra cama comigo?

Você desferiu uma cotovela na minha costela, me fazendo rir ainda mais. Pulei em cima de você e te ataquei com cócegas, você gargalhava, sorria de forma natural. Gritava pra mim parar, implorava, e até tentou revidar. Mas eu era mais forte que você e continuei em cima, fazendo cada vez mais cócegas.

— Para, Colin! Não consigo respirar! — chiou pela quinta vez. — Colin! Para!

Você ria sem se conter, sempre mostrando os dentes perfeitamente alinhados, as covinhas charmosas. As silhuetas atraentes que seus lábios se formavam.

Como Perdi Essa Garota? - I Onde histórias criam vida. Descubra agora