27 ¶ Proposta irrecusável

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Você se tornou meu calcanhar de Aquiles, me levando sempre ao nocaute com sua maneira hostil de agir

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Você se tornou meu calcanhar de Aquiles, me levando sempre ao nocaute com sua maneira hostil de agir. Conversamos por horas naquela noite! O assunto entre nós fluía de maneira natural, dificilmente ficávamos em silêncio sem saber o que conversar. Você gostava de puxar assunto, estimulando uma interação incrivelmente especial. Era ótimo estar com você, Caina Díaz.

— Por que sempre me olha desse jeito? — perguntou assim que percebeu que eu já não prestava muita atenção no que tagarelava.

— Porque quero te ver. Não gosta?

Mordiscou o lábio ao mesmo tempo que encolhia os ombros. Um movimento tão sutil e charmoso.

— Não é isso. É que... é meio intenso.

— Estou pensando em como você é forte. — revelei, inexpressivo.

Suspirou, discordando. Havia acabado com o chocolate quente.

— Não sou forte, Colin. Apenas faço brincadeira quando tudo está difícil...

— É justamente por isso que te acho forte. Você passou por maus bocados nas últimas semanas e ainda assim não tirou o sorriso do rosto.

— Devíamos dormir juntos qualquer hora dessas...

Engasguei-me com minha própria saliva, tossindo em seguida. Te fitei em choque e surpresa. Então você riu, Caina. Gargalhou alto. Pra você era muito fácil ativar uma bomba e desarmá-la, como se gostasse de brincar com o perigo, porque só assim sentia-se viva. A adrenalina que percorria tuas veias ao levar alguém ao limite... era viciante. Você gostava da sensação do poder, do poder de domínio. De saber que alguém estava ao teus pés, que só precisava estalar os dedos e alguém estaria de joelhos implorando pra te ter.

— O-oquê...?

Balançou a cabeça para os lados, rindo.

— Viu como faço piadas idiotas?

Ri, mesmo que no fundo desejasse que não tivesse sido piada. Eu queria estar com você e já não era só pra jogar conversa fora.

— Dizem que é brincando que se diz a verdade... — comentei, te estimulando. — Quem sabe isso não é verídico?

Balançou a cabeça para os lados entre o riso e levantou-se num salto.

— Não seja idiota, Colin. Eu não quero dormir com você.

— Tem certeza? Não terá outra oportunidade.

Eu estava brincando com você. Pois é claro que teriam outras oportunidades! Quantas quisesse. Mesmo assim queria testar até onde tuas afirmações poderiam ir. Você me encarou intensamente, parecia cogitar seriamente minha sugestão, mesmo que fosse algo extremamente perigoso. Eu também acreditava que se dormisse contigo talvez fosse parar com aquela fascinação, aquele desejo insano. Para mim, uma noite bastaria.

Como Perdi Essa Garota? - I Onde histórias criam vida. Descubra agora