Colin Hawkins estava com sua vida estrategicamente planejada. Centrado nos estudos e na grande paixão pelo futebol, ele se vê numa encruzilhada ao ter que assumir os negócios da família, sendo obrigado a abrir mão da liberdade e sonhos. No meio dess...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu olhei pro teu rosto singelo e pensei, merda, estou completamente apaixonado.
Talvez você nunca chegue a saber o quão espetacularmente e incrivelmente deslumbrante estava àquela noite, pois nunca expressei com palavras. Meu elogio foi mais em gestos imperceptíveis como: sorrir de canto, engolir em seco, piscar vezes seguidas e até respirar com dificuldade. Tudo isso acumulado se resumia a nervosismo.
Abri à porta pra você e esperei até que se sentisse confortável para podermos ir a primeira parada. Eu tinha gasto uma fortuna e até feito alguns favores para que tudo saísse perfeito.
Meu objetivo era fazer você se sentir imensamente feliz em todos os lugares que te deixavam desconfortável. Queria te fazer enxergar que uma companhia é que faz a festa. Então não hesitei em fechar o maior e mais luxuoso restaurante da cidade. Era um lugar espetacular com vista para os arranha-céus do centro. A lua minguante no céu limpo foi um tanto vantajoso.
O universo estava à meu favor! Pareceu querer nos ajudar. Conspirou comigo. Finalmente.
— Você não fez isso! — exclamou assim que paramos em frente ao lugar. A belíssima e elegante fachada preta com letras douradas podia ser vista de longe. Você me encarou seriamente enquanto eu abria a porta pra você. — Colin, eu sei que falei que era pra me levar em um lugar ótimo, mas isso...
— Isso não é nada. — argumentei, dando de ombros e oferecendo a mão pra você. — Vamos fazer um trato, pode ser?
Semicerrou os olhos, desconfiada.
— Não confio em você. — declarou, hesitando em sair do carro. — O que irá propor, Hawkins?
— Apenas não diga nada até o fim da noite. Não reclame ou hesite. — pedi, sério. — Apenas aproveite.
— Tudo bem, Colin. Espero não me arrepender.
Eu também esperava isso. Acha que era só você que tinha expectativas? Tudo que eu fazia estava sendo baseado nas expectativas que vinha suprindo em relação a você. Eu também queria que tudo ocorresse bem e que no final da noite não saísse arrependido.
Adentramos no restaurante, fomos recepcionados por um grupo de garçons que nos esperavam ao lado de dentro. Nos guiaram à parte superior onde teríamos uma vista privilegiada do céu através do teto de vidro. Todos te trataram como uma princesa, fizeram com que se sentisse confortável. Você até soou feliz, em algum momento. Pediu uma sopa de Champion, enquanto eu optei por uma pasta italiana.
Não tínhamos que ser comum. Poderíamos ser quem nós quiséssemos, por horas. Eu podia ser apenas um cara que te convidou pra sair, e você apenas a garota que aceitou. Ser Caina Díaz ou Colin Hawkins estava fora de cogitação.
— Então, isso é um encontro pra você? — indagou assim que um dos garçons encheu as taças com vinho tinto.
— Eu não sei... É a primeira vez que estou em um. — respondi, sincero. Você sorriu com dúvidas assim que bebericou um pouco do vinho, deixando uma gota escorrer pelo canto da boca. Instantaneamente me inclinei sobre a mesa, levando o polegar até o rastro causado.
