Fui rapidamente em direção a Paula para socorrê-la.
- Hey! O que tá acontecendo?- cheguei já tirando a mão da mulher do braço de Paula.
- Essa vadia beijou o meu namorado- ela olhou brava para Paula.
- Desculpa, ela tá muito bêbada, não sabe o que tá fazendo- puxei Paula para trás de mim para protegê-la caso a mulher quisesse avançar nela.
- E você acha que isso é só bebida?- ela olhou com desdém para Paula.
- Olha moça, me desculpe, mas quem te deve fidelidade é seu namorado, não ela.
- Mas ela podia respeitar, né?
- Ninguém chega com uma placa escrita 'namorando' na balada, e outra, eu estava observando e ela estava bem quieta dançando, ele que chegou agarrando ela- tentava defender Paula a todo custo.
- Me desculpe- nós olhamos para Paula- Me desculpe por você não dar conta e seu namorado precisar procurar outras- ela começou a rir.
A mulher iria avançar nela, porém eu protegi o corpo de Paula com o meu fazendo seu tapa acertar meu ombro.
- Olha aqui, eu não vou permitir que você agrida ela- a olhei irritado.
- Então me beija só para eles verem como é bom ser traído- ela me puxou pela camisa, porém eu me soltei e voltei para a frente de Paula.
- Eu não quero beijar você, e ela não é minha namorada. Por favor, resolva os problemas com seu namorado longe de nós.
Peguei Paula pelo braço e levei até as mesas.
- Que vergonha, hein!- falei assim que Paula se sentou- Bebe!- dei uma garrafa com água para ela.
- Não quero.
- Pega- segurei seu rosto e virei a água em sua boca, a fazendo beber- Você viu que quase apanhou né?
- Ela é muito irritada.
- Você ia gostar se beijassem seu namorado na sua frente?
- Eu não gosto quando vejo a Suzana te beijar na minha frente, então eu supero- ela falou olhando para o copo de vodca encima da mesa.
Eu paralisei ao ouvir aquilo, sei que estávamos bêbados ao ponto de não lembrar disso amanhã e até de falarmos coisas que não deveríamos. Porém meu pai sempre disse: "uma pessoa bêbada faz o que não tem coragem de fazer quando está sã" e eu sempre acreditei em tudo que ele fala.
- Porque você não gosta?- queria uma explicação.
- Quero mais vodca- ela estendeu o copo para mim.
- Não tenta mudar de assunto- puxei uma cadeira e me sentei próximo à ela.
- Porque não, simples- ela deu de ombros.
- Ok, não vou te forçar a falar nada- eu passei a mão em seu cabelo.
- Que horas são? Será que ainda dá tempo de eu beijar mais alguém?
- Não, já deu de confusão por hoje, única boca que você pode beijar se quiser é a minha- eu mordi o lábio olhando para sua boca.
- Não me testa, Breno.
- Deixa eu te contar uma coisa. Eu também não suporto ver você beijando outras pessoas na minha frente.
- Não gostou de eu ter beijado o Rafael?- ela queria me provocar.
- Não, eu odiei- olhei no fundo de seus olhos.
- Eu não faço mais, juro juradinho!- ela falou como se fosse criança e eu ri.
- Acho bom, também prometo nunca mais beijar Suzana em sua frente- eu passava o dedo contornando sua sobrancelha.
- Tá bom- ela falou um pouco mais baixo.
- O que tão fazendo sentados?- Bruna chegou gritando, outra que já tava ruim.
- Paula Carolina se meteu em confusão.
- Desculpa gente, mas não foi minha culpa- ela pôs as duas mãos para cima.
- Vamos indo? Já são 6:00 da manhã- Bruna informou.
- Você não vai dirigir, né?- Paula perguntou.
- Tava pensando em chamar um motorista de aplicativo e buscar o carro amanhã.
- Ótimo, aí chegamos vivos- falei rindo e Bruna me bateu.
- Eu peço- Paula disse e pegou seu celular- Onde a gente tá mesmo? Divinópolis né?- ela tava louca demais.
- Claro que não, maluca, deixa que eu escrevo- Bruna pegou o celular da mão dela e chamou o motorista.
Nós fomos até a porta e encontramos Rafael próximo a mesma.
- Já vão?- ele passou o braço no pescoço de Paula.
- Sim, já tá bem cedo- Bruna falou.
- Então tchau- ele segurou o rosto de Paula e mordeu seu lábio inferior.
- Tchau, moço- Paula escapou de seus braços e foi para fora da balada juntamente comigo e com Bruna.
- Vocês ficaram?- Bruna perguntou me pegando de surpresa.
- Sim- Paula respondeu me deixando mais surpreso ainda.
- Como puderam?- Bruna me olhou incrédula.
- Ué, nós estamos solteiros, e foi apenas uma recaída de ex- Paula me deixou aliviado ao explicar que falava de Rafael.
- Ah, você tava falando do Rafa?- Bruna perguntou confusa.
- Sim, pensou que fosse de quem?- Paula perguntou entrando no carro.
- Não, ninguém não- ela sorriu e entrou também.
Fomos o caminho todo em silêncio, único som que se ouvia era Paula cantando a música de maneira totalmente equivocada. Muitas vezes eu me pegava rindo e a observando pelo retrovisor.
- Enfim em casa!- Bruna se atirou no sofá.
- Gente, posso ficar aqui? Não quero chegar nesse estado lá na casa da Suzy- Paula se sentou e tirou o sapato.
- Claro- respondi tirando o tênis.
- Onde que eu vou dormir?- Paula questionou.
- Breno, ajuda ela aí que eu não vou nem conseguir tirar a roupa, to com sono demais. Boa noite!- Bruna foi para o seu quarto.
- E aí, moço?- Paula me olhou.
- Você tem três opções, dormir no quarto da minha mãe, dormir no colchão, no quarto da Bruna, ou a última e mais interessante de todas, dormir no meu quarto, na minha cama, até encima de mim se você quiser- propus com um sorriso safado no rosto.
- Não me atenta, Breno- ela se levantou do sofá, veio até mim e deu uma fungada no meu pescoço me arrepiando dos pés à cabeça.
Logo ela se afastou e foi até o banheiro. Ao vê-la entrando lá, todos os pensamentos da festa vieram à tona, a oportunidade de tentar algo havia chego, e eu com certeza agarraria a chance com unhas e dentes.
![](https://img.wattpad.com/cover/160417827-288-k875489.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
•Unexpected•
FanfictionBreno se encontra em uma situação difícil ao engravidar sua parceira, e, inesperadamente, acabar se encantando pela sobrinha dela.