Capítulo 6

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  Andava de um lado para o outro dentro do meu escritório, estava ansioso para saber notícias do bebê, já eram mais de 16:00 e Paula ainda não aparecera. Quando o telefone tocou eu corri para atender.

  - Senhor Breno, a Senhorita Paula está aqui.

  - Deixe ela entrar.

  Fiquei aliviado ao saber essa notícia. Paula entrou pela porta e eu rapidamente fui até ela.

  - Como tá o bebê?- questionei.

  - Tá ótimo, o médico disse que muito saudável para sua idade- Paula me explicou sorrindo.

  - Ainda bem- disse logo soltando um suspiro aliviado- Nossa, nem te cumprimentei, desculpa- fui até ela é apertei sua mão, afinal, estávamos a trabalho.

  - Relaxa.

  - Quer ir na sala de reuniões ou pode dar aqui mesmo? Tenho tudo no computador, posso te mostrar aqui- a olhei.

  - Pode ser aqui sem problemas.

  - Senta- puxei a cadeira da frente da mesa para o lado da minha.

  Ela se sentou e então comecei a mostrar as ideias que pesquisei mais a fundo, porém nossa proximidade me tirava um pouco o foco, o perfume de Paula exalava em minhas narinas me tirando a concentração. Ela me pediu para mostrar algumas coisas que tinha pensado, que estavam em seu e-mail, e essa foi a brecha para eu me levantar e retomar o foco.

  Paula me mostrou tudo que queria e eu fiz o mesmo, então deixamos algumas coisas combinadas para que eu pudesse iniciar o projeto.

  - Bom, eu vou indo- Paula disse se levantando.

  - Acho que já deu minha hora também- olhei para o relógio confirmando- Posso te dar uma carona de novo?

  - Não precisa, Breno. Não é seu caminho- ela negou, pra variar.

  - Vamos, aí eu já vejo a Suzana- tentei convencê-la.

  - Tá bom, mas é a última vez- ela disse enquanto pegava sua bolsa

  - Por quê?- falei rindo assim que saímos pela porta.

  - É meio sem graça eu ficar andando de carona com você, a gente mal se conhece- ela explicou.

  - Eu não tenho problema nenhum com isso, e posso passar a te conhecer se quiser- foi com segundas intenções, mas agradeci por ela não ter entendido.

  - A gente tem tempo.

  As portas do elevador se abriram, Paula entrou primeiro ficando no fundo do elevador e eu fiquei parado perto da porta. Parecia que quando entrávamos no elevador nossos corpos se repeliam como imãs de polaridades iguais, era muito esquisito.

  Não bastando a tensão do elevador, começou a entrar um tanto de gente e lotar o elevador, e de forma imperceptível fui parar muito próximo a Paula, de frente para ela.

  - Desculpa ficar assim, mas tem uma mulher na minha frente, não quero parecer desrespeitoso- falei perto do seu ouvido, pois nossa proximidade era tanta que até sentia o calor do seu corpo.

  - Tá tudo bem- ela falou baixo e perto do meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar todo.

  Foi mais alguns minutos até aquele sufoco acabar, fomos para o carro em silêncio.

  - Porque você parece tão tensa em elevadores?- perguntei.

  - Eu não gosto de andar de elevador, evito sempre que possível- ela respondeu séria.

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