Capítulo 45

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  - Olá!- Suzana disse ao abrir a porta de seu apartamento para mim com Pedro no colo.

  - Oi. E aí, filho?- falei para o menino loirinho em seu colo e acariciei sua cabeça.

  - Muito obrigada por ficar com ele pra mim- ela agradeceu.

  - Imagina! Ele é meu filho também, e vai ser bom pra tirar essa tensão da Paulinha- falei.

  - Ela ainda tá muito abalada, né?- Suzana perguntou.

  - Passou só dois dias desde a descoberta, não é algo que se esquece da noite para o dia- expliquei.

  - Ele pode dormir lá também? Não tenho certeza de que horas vamos voltar- ela pediu.

  - É lógico que sim, Paula e eu vamos adorar- respondi.

  - Tem certeza que ela não vai ficar incomodada?- Suzana soerguemos insegura.

  - A Paula já é uma mulher adulta e madura, e ela ama o Pedro demais. Não há nada que vá mudar isso- falei.

  - Ok- ela respondeu passando meu filho para meu colo- Aqui estavas coisas dele, não põe achocolatado no leite, por favor- ela pediu.

  - Tá bom. Tchau!- nos despedimos e eu fui até meu carro com Pedro.

  Botei o menino na cadeirinha no banco de trás, prendi o cinto e fui para o motorista dirigindo até em casa.

  - Vai ficar o dia inteiro com o papai e tia Paulinha, hein- falei com voz infantil brincando com o garoto que riu.

  Chegamos no prédio, peguei Pedro, suas coisas e subi até a porta do apartamento.

  - Mor, abre aqui!- gritei para Paula pois não conseguia abrir a porta com as mãos ocupadas.

  A porta foi aberta por aquela maravilha de mulher apenas de lingerie.

  - Que isso, mor? É assim que você abre a porta?- falei um poço desconcertado entrando em casa.

  - Deixa de ser besta, moço- ela riu- Oi, meu amor- ela se referiu a Pedro e beijou a bochecha de meu filho que jogou os braços para ela pegar- Eu não posso agora, bem- ela acariciou as mãozinhas dele.

  - Oh mor, imagina se não fosse eu? Você abriria assim?- perguntei.

  - Você gritou, Breno, como eu não saberia que era você?- ela riu.

  - Mas por que você tá vestida assim?

  - Eu tava tirando a roupa pra entrar no banho, mas você em interrompeu- explicou.

  - Pode continuar tirando- falei olhando para seu corpo naquelas peças pretas.

  - Seu filho tá aí- ela falou e saiu, indo novamente para o quarto.

  - É, filho, não tá fácil.

  Botei meu filho no chão da sala que continha um tapete, larguei seus brinquedos e fiquei sentado no sofá o observando e esperando Paula.

  - Amor, você já está com fome?- Paula chegou após terminar o banho.

  - Não, senta aqui do meu lado- chamei e ela veio.

  Quando ela se sentou eu a abracei de lado e beijei sua cabeça.

  - Como você está?- perguntei.

  - Melhorando, graças aos remédios- falou.

  - Você está tomando remédios?

  - Sim, por causa dos enjoos e tonturas.

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