Capítulo 24

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  Quando chegamos ao quarto eu fechei a porta atrás de mim.

  - Fechar a porta pra que?- Paula perguntou.

  - Rafael é bem maldoso, não é bom que ele nos veja- respondi.

  - Olha se você não se sente confortável não precisa fazer- ela me olhou.

  - Eu não vejo problema nenhum, é que ele tá atrás de confusão- expliquei.

  - Ok! O que faço?- ela me olhou nos olhos.

  - Deita, e se você se sentir confortável, pode levantar um pouco a blusa- suei frio ao imaginar a possibilidade.

  Paula pôs o joelho na cama para se deitar, porém parou o movimento e botou as mãos na barra de sua blusa. Arregalei os olhos ao ver que ela subia a blusa.

  Eu não me controlaria se ela ficasse nua na minha frente, e esse era o único pensamento que se passava em minha cabeça. Porém toda minha expectativa se foi por água abaixo quando Paula tirou a blusa e ficou com a parte de cima de um biquíni rosa. Ela se virou e olhou para o meus rosto.

  - Não precisa ficar vermelho não, moço! Parece um adolescente que nunca viu mulher- ela riu e deitou de barriga para baixo.

  Paula puxou seus cabelos para o lado deixando a área de suas costas livre para que eu pudesse aplicar a massagem que havia prometido.

  - Quer que eu comece por onde?- minha voz ainda estava trêmula.

  - Breno, não precisa ficar assim, se não quiser...

  - Eu quero! Eu só me assustei quando você tirou a blusa.

  - To tão feia assim?- perguntou rindo.

  - Não, Paulinha, muito pelo contrário, você tá bem até demais- respondi.

  - Respondendo sua pergunta, pode começar por onde você preferir- ela disse.

  Minha cabeça começou a pensar em várias possibilidades, várias partes do seu corpo que eu poderia fazer massagem, porém eu pus meus pés no chão e resolvi massagear os pés de Paula.

  Eu nunca fui um homem de fazer massagem nos pés, porém Paula Carolina despertava coisas em mim que eu nem saberia explicar, por ela eu até dividiria minha comida.

  Subi um pouco massageando sua panturrilha. Enquanto massageava eu analisava sua tatuagem presente ali, ao mesmo tempo que transmitia uma força feminina, também transmitia uma delicadeza, tornando aquele desenho muito perfeito para Paula.

  - Se importa se eu for subindo?- perguntei com medo de pegar em suas coxas e ofendê-la.

  - Faz o que você quiser- senti o prazer em sua voz.

  Subi um pouco mais chegando a área atrás de seu joelho, passando rapidamente para chegar em suas maravilhosas coxas. Eu já havia tocado naquele local, porém parecia que seria a primeira vez. Quando toquei ali dando uma forte aperada Paula grunhiu, não sabia se por ter doído ou por estar bom, me deixando preocupado.

  -Te machuquei?- perguntei.

  - Jamais!

  Eu segui massageando aquele local, sua pele delicada contrastava perfeitamente com minhas mãos, tornando aquela massagem deliciosa para ambas as partes.

  Quando achei que já estava bom naquela área, resolvi subir. Me afastei um pouco pensando o que fazer, o próximo local seria seu bumbum, e eu adoraria massagear ela ali, porém usei minha sensatez e resolvi pular para suas costas.

  Novamente eu fiquei analisando as tatuagens daquele corpo, cada uma delas combinava perfeitamente com Paula, como se a completassem.

  - Todos homens sabem fazer massagem?- Paula perguntou.

  - Tem que saber, né!- respondi.

  - Eu só sei dar beijo- quando ela disse isso meu corpo se arrepiou.

  - Depois a gente pode fazer o teste- falei.

  - Não me testa, Breno!- ela falou com a voz rouca.

  - Ué, tudo profissional- respondi.

  - Você se aproveita, né?

  - Gostaria, porém não.

  Ela negou com a cabeça me fazendo rir. Terminei massageando seus braços, então Paula se levantou e vestiu a blusa novamente.

  - O teste pode ser agora?- perguntei brincando com um fundo de verdade.

  - Quem sabe um dia- ela saiu do quarto me deixando pensativo.

  Uns minutos depois eu também saí do quarto, e quando cheguei no andar debaixo, vi que as mulheres haviam voltado.

  - Oi!- Suzana veio até mim e beijou minha boca rapidamente.

  - Como foi o passeio?- perguntei à elas.

  - Foi ótimo! Nos divertimos muito- Bruna respondeu.

  - A cidade é linda demais- minha mãe disse.

  - E vocês? Como passaram?- Suzana perguntou.

  - Bem na medida do possível.

  - Por quê? O que aconteceu?- Suzana perguntou preocupada.

  - Confronto pela sua sobrinha- respondi.

  - Rafael e Lucas?- eu assenti com a cabeça- E como ela tá?

  - Tá bem. Mas o Rafael nem tanto- falei sem querer.

  - Como assim?- Bruna perguntou.

  - Ele tava ofendendo a Paula e o Lucas socou ele. Eu achei foi pouco.

  - Breno, ele é seu primo!- minha mãe disse.

  - Eu jamais deixaria ele falar daquele jeito da Paulinha, se não fosse ele seria eu- respondi.

  - Mas como ele tá?- Bruna perguntou.

  - A Paula cuidou do machucado e agora ele tá lá deitado na cama dela- respondi.

  - Cadê ela?

  Quando Suzana terminou de falar, Paula apareceu descendo as escadas.

  - Olá!- ela sorriu.

  - Oi, meu amor, como você tá?- Suzana perguntou.

  - Bem, por quê? Ah, o boca de sacola já contou.

  - Obrigada por cuidar dele- minha mãe disse.

  - Ele tá dormindo na minha cama, provavelmente vai ficar por lá hoje- ela respondeu.

  - E você?- perguntei.

  - Vou dormir na outra cama.

  Fiquei um pouco desconfortável em saber que eles dormiriam no mesmo quarto, porém resolvi ficar calado.

  Quando a noite chegou, Suzana e eu fomos para o nosso quarto.

  - Breno, eu gostaria de te agradecer por todo esse cuidado que você tem com a Paulinha. Significa muito pra mim- ela sorriu para mim.

  Eu me senti um pouco mal.

  - Eu gosto muito dela- sorri de volta.

  - Acho que a gente poderia fazer algo interessante agora, né?- ela veio até mim, porém eu me apressei apenas dando um selinho e saindo- O que aconteceu?

  - Como assim?- perguntei.

  - Nem me beijar mais você quer- ela falou.

  - Sabe como é, pai de primeira viagem, tudo assusta!

  Eu sei que essa era a desculpa mais ridícula que eu poderia dar para Suzana, porém eu jamais poderia contar a ela que eu me sentia desconfortável em beijar sua boca porque eu pensava única e exclusivamente nos lábios de sua amada sobrinha.

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