- O que a gente faz?- Paula perguntou assustada.
Tirei a criança do saco, peguei o blaser de Paula que tinha em meus braços e a enrolei.
- Hospital ou polícia?- perguntei.
- Acho que hospital- ela respondeu e nós corremos rapidamente até em casa.
Paula foi rapidamente de elevador pegar a chave e logo nós já estávamos indo para o hospital.
- Preciso de ajuda, rápido!- gritei enquanto entrava na emergência.
- O que foi?- chegou uma enfermeira já pegando o bebê e pondo em uma maca, me devolvendo o blaser.
- Achamos ele enrolado em um saco dentro de um contêiner de lixo- respondi afoito.
- Esperem aqui que vamos levá-lo para examinar- a enfermeira disse já levando o bebê para dentro de uma sala.
- Quem será que teve coragem de fazer isso?- Paula me olhava com uma expressão assustada.
- Eu não sei- abracei minha namorada para confortar ela- Vamos sentar.
Peguei Paula pela mão e fomos até os bancos ali presentes nos sentando.
- Eu to tremendo- ela mostrou a mão revelando seu estado nervoso.
- Eu to pasmo ainda, não acredito que fizeram isso com um bebê indefeso- respondi indignado.
- Era menino ou menina?- Paula perguntou.
- Na verdade eu nem prestei atenção nisso- respondi.
Paula e eu ficamos ali esperando até que a enfermeira voltou.
- Como ele está?- perguntei me levantando juntamente com minha namorada.
- Ele está bem. Aparentemente o nascimento dele foi hoje e nasceu saudável, não deveria estar há muito tempo ali dentro pois está com a saúde intacta- respondeu- Nós acionamos o conselho tutelar para cuidar do caso dele, gostariam de deixar o número para obter informações?- perguntou.
- Claro!- Paula e eu passamos nossos números para a enfermeira.
- Eu vou repassar para eles quando vierem pegar o bebê. Querem entrar para vê-lo?- perguntou e nós assentimos.
Entramos na sala e ele estava dentro de um berço, vestido com uma roupinha que provavelmente a enfermeira havia arrumado.
- É menino?- Paula perguntou.
- Sim, bem grande para a idade- respondeu a enfermeira.
- Ele é lindo- falei.
Reparei bem no bebê. Ele tinha poucos fios castanhos na cabeça, seus lábios eram cheios e o narizinho bem pequenininho e arrebitado. Sua pele era branca e havia um pequeno risco em seu queixo.
- Que bom que ele está bem, nós já vamos indo- falei para a enfermeira.
- Agradeço muito por terem trazido, de ele ficasse mais tempo naquele lugar era capaz de morrer asfixiado- respondeu.
- Não esqueça de passar nossos número para o conselho- falei para ela- Vamos, amor?- falei para Paula que continuava ao lado do berço olhando para o bebê.
- Claro!- ela virou o rosto pada mim e sorriu.
Nos despedimos da enfermeira e fomos para a casa.
- Que dia- falei para Paula.
- Nem em fale- ela aparentava estar um pouco abalada.
- O que foi, amor?- perguntei indo até ela e acariciando seus cabelos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
•Unexpected•
FanficBreno se encontra em uma situação difícil ao engravidar sua parceira, e, inesperadamente, acabar se encantando pela sobrinha dela.