Capítulo 47

507 27 4
                                    

  - O que a gente faz?- Paula perguntou assustada.

  Tirei a criança do saco, peguei o blaser de Paula que tinha em meus braços e a enrolei.

  - Hospital ou polícia?- perguntei.

  - Acho que hospital- ela respondeu e nós corremos rapidamente até em casa.

  Paula foi rapidamente de elevador pegar a chave e logo nós já estávamos indo para o hospital.

  - Preciso de ajuda, rápido!- gritei enquanto entrava na emergência.

  - O que foi?- chegou uma enfermeira já pegando o bebê e pondo em uma maca, me devolvendo o blaser.

  - Achamos ele enrolado em um saco dentro de um contêiner de lixo- respondi afoito.

  - Esperem aqui que vamos levá-lo para examinar- a enfermeira disse já levando o bebê para dentro de uma sala.

  - Quem será que teve coragem de fazer isso?- Paula me olhava com uma expressão assustada.

  - Eu não sei- abracei minha namorada para confortar ela- Vamos sentar.

  Peguei Paula pela mão e fomos até os bancos ali presentes nos sentando.

  - Eu to tremendo- ela mostrou a mão revelando seu estado nervoso.

  - Eu to pasmo ainda, não acredito que fizeram isso com um bebê indefeso- respondi indignado.

  - Era menino ou menina?- Paula perguntou.

  - Na verdade eu nem prestei atenção nisso- respondi.

  Paula e eu ficamos ali esperando até que a enfermeira voltou.

  - Como ele está?- perguntei me levantando juntamente com minha namorada.

  - Ele está bem. Aparentemente o nascimento dele foi hoje e nasceu saudável, não deveria estar há muito tempo ali dentro pois está com a saúde intacta- respondeu- Nós acionamos o conselho tutelar para cuidar do caso dele, gostariam de deixar o número para obter informações?- perguntou.

  - Claro!- Paula e eu passamos nossos números para a enfermeira.

  - Eu vou repassar para eles quando vierem pegar o bebê. Querem entrar para vê-lo?- perguntou e nós assentimos.

  Entramos na sala e ele estava dentro de um berço, vestido com uma roupinha que provavelmente a enfermeira havia arrumado.

  - É menino?- Paula perguntou.

  - Sim, bem grande para a idade- respondeu a enfermeira.

  - Ele é lindo- falei.

  Reparei bem no bebê. Ele tinha poucos fios castanhos na cabeça, seus lábios eram cheios e o narizinho bem pequenininho e arrebitado. Sua pele era branca e havia um pequeno risco em seu queixo.

  - Que bom que ele está bem, nós já vamos indo- falei para a enfermeira.

  - Agradeço muito por terem trazido, de ele ficasse mais tempo naquele lugar era capaz de morrer asfixiado- respondeu.

  - Não esqueça de passar nossos número para o conselho- falei para ela- Vamos, amor?- falei para Paula que continuava ao lado do berço olhando para o bebê.

  - Claro!- ela virou o rosto pada mim e sorriu.

  Nos despedimos da enfermeira e fomos para a casa.

  - Que dia- falei para Paula.

  - Nem em fale- ela aparentava estar um pouco abalada.

  - O que foi, amor?- perguntei indo até ela e acariciando seus cabelos.

•Unexpected•Onde histórias criam vida. Descubra agora