Gabriela:
Não foi fácil, mas eu finalmente estava ali, na frente da porta do apartamento de Samantha. Toquei a campainha e nada de alguém atender. Cheguei a pensar que ela não havia chegado ainda, mas como ela tinha ido embora algumas horas atrás e porteiro me confirmou que viu uma moça loira passando com a maquiagem borrada, eu resolvi insistir mais um pouco.
—Já estou indo... - Samantha grita e logo abre a porta - O que... - Ela para de falar ao me ver -
— Oi, tudo bem? Posso entrar? Sei que não esperava por mim, mas eu fiquei preocupada com o jeito que saiu.
— Po... Pode, mas como me achou? - Ela então me dá passagem -
— Envolveu tempo e um pouquinho de suborno...
— Você está brincando, não é? - Perguntou levemente assustada -
Como Samantha estava atrás da porta não havia notado, mas agora com ela parada à minha frente, pude ver que ela estava com os cabelos molhados e uma leve abertura no roupão que mostrava parte do seu colo preenchido por pequenas gotículas de água, mostrando levemente a parte lateral interna dos seios.
Não sei o que me deu, mas ao ver ela daquele jeito, me fez sentir um calor...
— Gabriela?
— Então... Não foi bem... - Porque eu estou gaguejando meu Deus? - Não acha melhor colocar uma roupa? Eu espero.
— Ai claro, desculpa. Estava no meio do banho.
Ela corou de leve e não pude deixar de achar aquilo fofo.
Fofo? O que está acontecendo com você hoje Gabriela?
Ela saiu e tirei um minuto para analisar a sala. Era um lugar muito bonito, mas um pouco "feio" para o meu gosto, já que não havia nenhum quadro nas paredes. Após minha breve "inpeção", sentei no sofá e a esperei.
Alguns minutos depois ela voltou com uma jeans preta e uma blusa branca e se sentou no sofá ao meu lado, que dizer, um assento de distância.
— É sério aquilo que você subornou alguém?
— Deus não... - Ri da sua cara de preocupação - Apesar da possibilidade ter passado pela minha cabeça.
— Mas como me achou aqui então? Tenho certeza que não te dei meu endereço. Espera... Como é que você subiu?
— Ok, vamos por partes... Meu carro tem gps, então liguei para a seguradora, e pedi a localização.
— Não sei como é aqui no Brasil, mas duvido que eles te falassem assim.
— Realmente não falaram. Tive que contar uma historinha de que deixei o carro com uma amiga e pelo telefone suspeitei que ela não estivesse bem, disse que estava com medo dela fazer alguma besteira e insisti em saber a localização. Claro que tive que confirmar meus dados, mas... A parte do "suborno" foi chegando aqui, quando conversei com o porteiro. Esse aí já foi mais fácil de convencer já que ele te viu um pouco alterada. Depois de uma breve conversa e "molhar" sua mão, ele me deixou subir. Ainda bem que o dinheiro que tinha na bolsa foi suficiente, porque não era exatamente isso que ele parecia querer...
— Meu Deus... Vou ter que conversar com a Sarah sobre a segurança desse lugar, sé é tão fácil entrar aqui assim...
— Fácil pra você que tava lá relaxando no banho... - Tive a impressão de ela ter engolido seco ao ouvir a palavra "relaxando", mas deixei pra lá - Mas me conta vai como você está? Fiquei preocupada mesmo com o jeito que saiu.
— Eu estou bem, mas preferia não... - A interrompi por causa da hesitação em sua voz -
— Olha, eu sei que a gente se conheceu hoje e entendo não confiar em mim, mas pode se abrir vai... A gente logo vai ser uma família e eu sinceramente queria muito ser sua amiga.
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A noiva do meu irmão - Romance lésbico
Любовные романыDepois de anos morando em Londres, Samantha volta ao Brasil para abrir sua própria clínica médica, em parceria com uma amiga. O que não esperava era retornar ao país e se encantar com uma jovem de cabelos vermelhos assim que descesse do avião, Gabri...