Sócia?

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Samantha:

Alguns dias haviam se passado desde a primeira consulta com o psicólogo. Hoje eu teria mais uma consulta, mas antes marquei um horário com Sarah para irmos ao banco. Pensei em tentarmos conseguir um empréstimo, queria logo colocar a clínica de volta nos eixos. Por mais que uma "folga" fosse boa, não aguentava mais ficar parada...

***

— Pelo menos ele foi simpático... - Sarah disse ao nos sentarmos -

Depois do não que recebemos do gerente, paramos para um café antes de seguir o caminho de casa.

— Verdade... Mesmo sabendo que a situação ia ser difícil, eu ainda tinha um pouquinho de esperança sabe...

— Eu se pudesse ajudava mais, mas o que eu podia eu investi no início da nossa empreitada.

— Você já fez demais amiga. Sem você o projeto ainda ia levar um bom tempo pra sair do papel. Mas se bem que tem um jeito que você pode me ajudar... Quando seu marido fica te enchendo a paciência com alguma coisa, por dias, diga-se de passagem, e você quer ele pare sem dizer sim, aceitar e etc?

— Sexo.

— É Sério Sarah...

— Mas estou sendo super séria. Gabriela insistindo com alguma coisa?

— Eu sei que as intenções dela são boas, mas se eu chegar nosso ap e escutar a Gabi falando que ela podia me dar o dinheiro...

— Nosso ap? Tão morando juntas já por... - Ela parou por um instante quando viu minha expressão - Meu Deus, vocês estão! A Gabriela é rápida heim...

— Assim, não é nada oficial, mas acho que mais ou menos... - Eu ri um pouco pensando na situação, realmente parecia isso mesmo, já que desde o dia que voltei da consulta e encontrei Gabi no apartamento, ela não saiu, a não ser para dar as suas aulas - Mas esse não é o ponto amiga... - Tentei voltar ao assunto -

— Ok. que tem a Gabi te oferecer ajuda? Você aceitou a minha...

— Eu sei, mas é diferente. Eu não simplesmente aceitei...

— Sei bem... Levei meses até conseguir um "sim" seu...

— Como eu ia dizendo... Eu não simplesmente aceitei, em troca teve a sociedade, ou você esqueceu que tem 20% da clínica? Fora que não quero que ninguém pensem que estou com ela por causa do dinheiro.

— Acho que ninguém pensaria isso, mas entendi aonde que chegar, Olga...

— Pois é... Não quero dar mais munição para cobra...

— Te entendo, mas se não vai aceitar a ajuda da Gabi, vai fazer o que? Tá pensando em voltar para a Europa?

— Não, isso nunca, pelo menos não sem ela. Acho que vou mandar meu currículo para alguns hospitais ou clínicas da região, ver o que consigo. A Gabi tem ajudado com as contas do dia a dia, mas não quero ser um peso, preciso pelo menos me manter.

— Concordo. Vou tentar conversar com algumas pessoas e ver se consigo te ajudar com o emprego. Bom amiga, tenho que ir encontrar minha cara metade agora, qualquer coisa me liga.

***

— Gabi amor, não é possível que ainda não saiu da cama... - Reclamei assim que cheguei em casa e vi a criatura ainda largada na cama -

— O que eu posso fazer se alguém ontem me deu uma canseira... - Gabi respondeu descobrindo seu corpo, revelando sua nudez para me provocar -

— E pelo visto alguém quer mais... Mas por mais interessante que seja a oferta, nós temos que ir, antes do almoço você tem que fazer a última prova do vestido para o casamento da Marina que é no final de semana e depois eu tenho outra consulta com o Botelho.

A noiva do meu irmão - Romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora