"Ciumenta, para de ser tão ciumenta..."

5.7K 383 92
                                    

Samantha:

— Oi Marina, Mariana, entrem. Não demorou nada pra vocês chegarem heim.

— A gente tentou vir rápido, a Gabi parecia chateada no telefone.

— Pois é, a culpa é minha, eu... - Parei de falar lembrando da mentira que Gabi inventou sobre a roupa, quase que falo demais... - Eu acabei atrapalhando ela que se sujou toda.

— Acontece... Mas qual o motivo da produção toda? - Apontou para mim -

Talvez eu tenha exagerado um pouquinho, mas eu queria estar bonita para nosso primeiro encontro.

— Ah... - Não sabia o que falar. Tudo bem que ela sabia de antes, mas achei que Gabi gostaria de falar sobre o namoro, então me fiz de boba - Nada de mais, só quis me arrumar um pouco. Dias difíceis, queria dar uma levantada no astral.

— Sarah contou Samantha, muito triste o que aconteceu com a clínica. - Mariana disse solidária -

— Verdade... - O leve sorriso que tinha no rosto morreu um pouco -

— Que tal a gente voltar ao plano original então e dar aquela levantada nos ânimos então? - Marina tentou mudar o clima - Onde vamos, já decidiram?

— Vamos? - Eu e Mariana dissemos quase juntas -

— Vamos ué...

Pensei em argumentar, mas novamente, não queria falar demais, então parece que nosso simples encontro virou um, mesmo que não oficial, encontro duplo? Marina me perguntou sobre lugares e como eu estava a pouco tempo na cidade é claro que eu não sabia muito bem sobre nada, só conhecia alguns poucos restaurantes e o comércio do entorno do apartamento. O único lugar diferente que conhecia era o tal restaurante que Gabi me levou antes.

Não preciso nem comentar que ela não gostou nada de saber do nosso "encontro duplo", que acabou sendo decido por ser no Outback, Marina dizia que eles tinham as melhores asas de frango do mundo.

No carro eu podia sentir a tensão entre mim e Gabi, entre as poucas trocas de olhares que tivemos, eu podia sentir a vontade de um contato maior, mas ela se mantinha quieta por causa de Marina. Era fofo ver ela com medo de agir por estar envergonhada de a irmã estar tão perto.

Chegando ao nosso destino, enquanto esperávamos na fila por uma mesa liberar, Marina resolveu voltar um pouco no assunto sobre o tal apelido que Gabi tinha colocado em mim.

— Então... Anjo é? - Marina soltou assim que chegamos na fila -

— É que...

— Isso é culpa minha, eu pedi para a Gabi pintar um quadro pra mim, de um anjo no caso e ela insistiu em colocar o meu rosto nele.

— Claro, fica uma coisa personalizada.

— E esse Anjo tem nome? - Uma voz desconhecida surge atrás de nós -

A dona da voz não parecia ter mais de 20 anos, corpo até que bonito, bem definido. Cabelos preto estilo channel e um estilo para roupas um tanto "ousado", ela usava um vestido bem apertado fazendo os seios quase saltarem para fora e que deveria mostrar a bunda toda se ela se abaixasse mesmo que fosse um pouco de tão curto.

— E então o Anjo tem nome ou perdeu a voz durante a queda?

A cantada era barata, mas eu ri, o que só complicou as coisas.

— Olha aqui queridinha, será que você não percebe que a gente está tendo uma conversa particular aqui não? E outra vai arrumar um pano pra se cobrir que ninguém precisa ver esse silicone barato que você colocou aí não. - Gabi praticamente cuspiu as palavras na garota -

A noiva do meu irmão - Romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora