Gostosa...

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Gabriela:

Depois da conversa com Guida, fui para o meu quarto me arrumar. Passei um bom tempo vendo o que ia vestir mas não conseguia me decidir de jeito algum.

— E agora? - Me pergunto ao me jogar na cama olhando as horas no celular -

E como se ela de algum modo soubesse que eu precisava de ajuda me liga, abro um sorriso ao ver a foto de Marina no visor.

— Que bom que ligou irmã, preciso muito da sua ajuda, não sei o que vestir...

— É assim é? Não tem antes um "Oi Marina, como você tá? Que saudades viu..."

— Desculpa é que tô um pouco nervosa.

— Nervosa? Espera aí, não vai me dizer que acabou com o chato do Gui e resolveu arrumar uma coisa melhor.

— Você e a Guida heim...

— Desculpa irmã, mas não gosto dele mesmo. Mas me diz o está acontecendo.

— É que... - Estava nervosa -

A verdade é que não sabia o que dizer, nem mesmo sabia o que estava sentindo, só sabia que era em relação a Samantha.

— Pelo menos tem alguém no meio? Você sabe que pode me contar.

Marina tinha razão, e também não precisava dar muitos detalhes. Talvez ela me ajudasse a entender o que vinha sentindo.

— Tem... - Respondi com um certo receio ainda, e com razão, já que logo ela soltou um gritinho do outro lado da linha -

— Eu sabia! Me conta tudo vai...

— Não se anima muito, é que conheci uma pessoa esses dias e tenho sentido algumas coisas.

— Que coisas? Espera... - Marina desligou e logo retornou com uma chamada de vídeo - Quero ver seu rosto quando você fala.

— Marina... - Briguei com ela, sempre provocando -

— Agora sim, conta.

— Na verdade eu não sei o que eu to sentindo... Voltando, eu conheci uma pessoa, e comecei a me sentir estranha. Pensei que fosse apenas uma carência, já que o Gui tem passado tanto tempo viajando a trabalho ultimamente.

— Já disse que não sou fã do Guilherme, mas se está te incomodando talvez não seria melhor se afastar então?

— É complicado... Eu não... - Comecei a me enrolar um pouco -

— Ok. Então irmã, só tem um jeito, deixar tudo isso que você está sentindo amadurecer. Não digo que deve largar o seu noivo nem o trair, apenas dê tempo ao tempo, não tenta negar o que está sentindo e de certo modo se jogue, deixe os sentimentos virem.

— Mas não acha que é errado? Eu digo...

— Acho que entendo como se sente, mas você não vai estar fazendo nada de mais além de talvez um simples flerte, não beijar ou algo um pouco mais íntimo?

— Não, isso não...

— Então acho que não tem nada de mais.

— Obrigada viu, acho que me ajudou bastante.

— Podemos não ter o mesmo sangue, mas você é minha irmã, conta comigo sempre.

— Obrigada mesmo... - Senti meus olhos marejarem - Agora pode me ajudar mais um pouquinho? Tenho que encontrar você sabe quem e não sei o que vestir.

— Ok, local e motivo.

— Uma pequena festinha para comemorar uma mudança, vai ser no próprio ap.

A noiva do meu irmão - Romance lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora