A noiva do meu irmão - Romance lésbico

Que comece a "festa"

Samantha:

— Desculpe senhor Carlos, é que parece tudo tão perfeito que meu "sistema de defesa" entra em alerta.

— Tudo bem, não se preocupe, acho que passei esta impressão mesmo... Mas porque não olha o contrato de locação? Não custa nada. - Disse estendendo dessa vez os papéis - Vou dar um minuto para que leia com calma. - Se afastou um pouco -

— Não acha isso tudo muito estranho Gabriela?

— Grande parte dos crimes entre casais hoje é passional.

— Não falei disso, falei do aluguel, do apartamento... É tudo tão per... – Parei e pensei por um instante, a Gabriela bem que poderia... – Isso tudo aqui não é seu, não é Gabriela? Eu pedi...

— Juro que não...

— Por favor Gabriela, me conta a verdade...

— É sério Samantha, juro que só contei sua situação para ele e nada mais. Sei que pode ser muito diante do pouco que me conhece, mas confia em mim. Olha, Guida conhece o senhor Carlos a mais de 20 anos, tenho certeza que ele é de confiança. O apartamento deve ter um valor sentimental, sei lá, por isso o dono não vendeu, é igual com a minha casa. Ela é tão grande para apenas duas pessoas, mas são tantas lembranças...

Gabi então começou a ler o contrato e a acompanhei. Com o pé atrás, é claro. Por mais que houvesse uma "explicação", tudo aquilo estava muito estranho, será que tinha dedo da Olga nisso? Podia ser um plano talvez para me mandar para longe de novo? Meus sentimentos por Gabi, me faziam relaxar um pouco, baixar a guarda, mas diante de sua relação com minha "família" ... Me sentia péssima em pensar isso dela, meu coração queria confiar na inocência de Gabi em relação a tudo, mas mesmo que ela não tivesse culpa no cartório, podia muito bem estar sendo usada como um peão. Olga era muito boa nisso...

— Olha, o acordo é bom, e você não pretende ficar aqui muito tempo não é mesmo?

— Não. Pensei em alugar alguma coisa por um ano ou pouco mais do que isso, até a clinica se estabilizar e começar a dar algum lucro, então dar entrada no meu próprio canto.

— Então aceita. Está tudo do jeito mesmo que precisa.

— Pois é... Vou chamar o senhor Carlos e acertar os detalhes.

Senhor Carlos estava ao telefone, então esperamos alguns minutos até a ligação acabar, depois o encontramos novamente na sala para conversarmos.

— Então? O que me dizem?

— Bom senhor Carlos, gostei muito do lugar e sim gostaria de alugá-lo. Mas eu tenho uma ultima pergunta, se não for muito incômodo.

— Se eu puder responder...

— Quem exatamente é o dono desse lugar? Não notei em lugar algum do documento.

— Não tenho liberdade em dizer, apenas que o responsável legal é o Dr. Bartolomeu Dantas.

Não havia hesitação nenhuma nem em sua voz ou postura

— Ótimo, vou precisar apenas dos seus dados e um telefone para contato.

— Como fiador pode colocar meu nome. - Gabi disse -

— Não Gabi, eu converso com a Sarah.

— Deixa eu ajudar um pouco Samantha. - Ela me olhou com os olhos brilhando e não resisti ao pedido -

— Desculpa Gabi, mas a Sarah vai ser suficiente. Só tem um pequeno porém senhor Carlos, eu ainda não tenho um número no Brasil, apenas o do trabalho.