Narrado pelo Gabriel (Príncipe)
Qual era a sensação? Isso que eu perguntava toda vez que olhava nos olhos perfeitos do Michel, qual era sensação de ser amado? De ser desejado? Isso que eu insistia em saber. Dês quê eu comecei a seguir o doutorzinho eu tinha essa pergunta em mente.
Eu a muito tempo não sabia o que era isso. Quando criança minha mãe com certeza tinha dado seu amor para mim, sempre fazia meus gosto, me fazendo cafuné na cabeça e colocava para dormir com todo o carinho que uma mãe poderia dar ao seu filho.
Quando descobrir que uma ia ter um irmãozinho ou irmãzinha, fiquei com ciúmes, não queria dividir minha mãe com mais ninguém, mas de tanto ela falar dessa nova criaturinha que iria nascer, comecei a sentir um pequeno afeto. Na real nunca cheguei a ver o rosto do meu irmão, me privaram dessa oportunidade.
Já meu pai, também atencioso comigo, às vezes me pegava no colo, me contava histórias divertida e brincava me jogando para cima e me pegando em seguida. Eu era muito feliz nessa época, me sentia amado e mimado. Mas com a partida da minha mãe, as coisas mudaram. Seu Marcos, o rei, estava cada dias mais distante da sua humanidade, começou a ser rude comigo, a desmotivar minhas brincadeira infantis e com o passar do tempo vieram os castigos, uns que a cada dia se tornaram piores.
Quem me socorria e atendia minhas necessidade infantis era a Dona Maria, ela foi a minha babá depois que minha mãe partiu.
Mas de babá ela virou minha segunda mãe, fazia tudo por mim, só que não tinha coragem de encarar meu pai.O motivo de minha mãe ter indo embora foi por causa do seu marido, meu pai. Lembro que tinha 8 anos, estava eufórico em saber que ia ganhar um irmão, não queria uma irmã, achava as meninas estranhas naquela época.
Fui correndo avisar meu pai.-Papai, é menino, eu tenho um irmão menino. -Eu dava pulos de felicidade e dava gargalhadas.
Meu pai me olhou sério, passou a mão na minha cabeça e saiu.
Logo de noite eu ouvia os gritos vindo da sala de nossa casa, eram meus pais discutindo, aquilo estava virando rotina, só que hoje as discursões estavam piores.-Eu não quero meus filhos nessa vida Marcos, eles não merecem crescer como bandidos.
-Alice, eu to criando um império, as coisas estão melhorando a cada dia.
-Desiste disso pelo bem da nossa família, daqui uns dias vai nascer seu segundo filho, não deixa eles crescerem sabendo que o pai é um traficante de drogas.
-CHEGA ALICE! Não quero mais essa discursão, vai ser assim e pronto.
-ENTÃO EU NÃO VOU MAIS FICAR COM VOCÊ, vou pegar minhas coisas e ir embora.
-Não, você não vai embora!
-Eu vou, não vou permitir que meus filhos tenham essa vida.
Eu ouvia isso tudo sentando na escada, meu coraçãozinho estava disparado, sentir vontade de chorar, odiava ver meus pais brigando.
-VEM AQUI AGORA! -Ele gritou mais alto possível com sua voz grossa, me levando a tornar um susto com essa atitude.
Mas minha mãe não voltou, ela estava subindo as escadas e eu rapidamente entrei no meu quarto e me escondi embaixo das cobertas.
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Rei do tráfico (Romance gay)
Romance(Concluído) Michel é um homem de 25 anos, é médico e está fazendo residência médica, sua vida parece perfeita. Mas está preste à mudar depois de uma balada que ele conhece um homem irresistível e misterioso. Será que isso vai acabar bem? Essa histó...