3.0 - O plano

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-Calma Prego, me explica devagar. -Meu coração estava disparado.

-Doutor, ele não morreu, você que têm.

-Como você pode ter certeza sobre isso?

-Se ele tivesse morrido, nós já saberíamos.

Nesse momento o celular do Prego toca.

-Alô, Gabriel?

-Viva voz, Prego.- pedi para ele.

-Prego, eles me pegaram, trás a mercadoria para eles.

-Você tá bem?

-Estou, aí! -Escuramos um barulho de soco. -faz o que eles pediram.

E a chamada foi desligada. Nesse momento eu não conseguia falar nada, que merda.

-Prego, o que vamos fazer?

-Você nada, Doutor. -Eu me olhou sério.

-Eu preciso ajudar.

-Michel, tu tá ligado mano que você vai mais atrapalhar que ajudar? Faz parte do plano, só não esperávamos que o Gabriel fosse pego, mas já tá tudo esquematizado, fica de boa.

-Não entendo vocês. -Eu olhei para o chão, eu não tinha por que me preocupar mais com o Gabriel, mas eu estava.

-Ele está em perigo, eu conheço o Guto, ele matou o próprio irmão, o que impede de matar o Gabriel. -Eu disse olhando sério para ele.

-Não se preocupa. -Prego saiu sem falar nada mais.

Eu comecei a andar de um lado para o outro, por que esse idiota do Gabriel tinha que ser tão irresponsável.

-Wallace. -Peguei meu celular e liguei para ele.

-Michel, está tudo bem?

-Não, o Gabriel, ele foi pego. -Falei desesperado no celular.

-Quem pegou ele? -Wallace não mostrou supressa na sua voz.

-O Guto, Wallace eles vão matar o Gabriel, você sabe disso.

-Michel, ele que se colocou nessa situação, você não pode fazer nada.

-Por favor, onde você estar?

-Na agência.

-To indo aí. -Desliguei o telefone sem deixar ele responder.

O Wallace já tinha me dito onde ficava o prédio, peguei um taxi e fui.

Chegando na frente do prédio, percebi que era um prédio comum, não tinha nada de diferente, tinha uma fachada azul e escrito POLICIAL FEDERAL.

Fui na recepção e pedi pelo Wallace, a recepcionista não sabia quem era e eu lembrei que o nome dele era Fernando.

Ela o chamou pelo telefone e mandou eu subi no quarto andar.

Quando cheguei ele estava parado na frente do elevador de braço cruzado e com cara feia, usava uma camisa preta e um colete, tinha uma arma pendurada na cintura. Estava muito lindo assim, sentir uma leve excitação.

-O que você faz aqui? -Sua voz era grossa e rude.

-Temos que salvar o Gabriel. -Me sentir um tolo por falar isso.

-Você deve está brincando comigo.

-Wallace, quer dizer Fernando, ele vai morrer, estão torturando ele, eu não posso ajudar, mas vocês da polícia pode.

-Aqui não salvamos bandidos.

-Por favor, faz alguma coisa, eu não consigo ficar parado e ver essas coisas acontecerem.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora