Epílogo - O casamento - parte 2

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Quando eu recobro a consciência, olho para o lado e vejo minha mãe segurando minhas mãos, elas estavam cheia de sangue seco do Gabriel, foi aí que me recordei do que aconteceu e dei um pulo da cadeira de onde eu estava sentado, olhei para os lados e vi que estava no hospital, os meus amigos e familiares estavam aí, devia ser a sala de espera. Todos meu olharam e eu fiquei desesperado.

-Onde está o Gabriel? O que aconteceu?

-Filho, se acalma. -Meu pai veio até mim e me segurou, eu tremia muito e chorava.

-Pai, onde está o Gabriel? -Eu falei chorando no ombro do meu pai.

-Ele está em cirurgia.

Sai correndo pelo corredor, eu tinha que saber como ele estava. Tentaram me segurar mais eu resistir e fui pelo corredor. O hospital eu já conhecia, era de uma cidade vizinha e eu fui direto para a ala cirúrgica.

Chegando eu vi um médico saindo da sala de cirurgia, ele tirou a toca e o avental e me olhou, nós já tínhamos nos conhecido no passado.

-Doutor Michel. -Ele tinha a expressão que não soube identificar, mas tentei ser forte para aguentar qualquer notícia, mas às minhas lágrimas não podia mais segurar.

-Doutor Fábio, por favor, me diga como ele está?

-Ele está bem, está em observação, tiramos todos os resquícios da bala e não pegou nenhuma artéria. Ele ficará bem.

Parecia que tiraram 10 toneladas dos meus ombros, minhas pernas cederam e eu caí no chão e sinto alguém me levantando e me colocando numa cadeira.

Olhei para o lado e vi o Wallace, sinto um alívio enorme dele está ali.

-Wallace, ele está bem! -Eu falei alto e o abracei. Ele me abraçou forte de volta.

-Que bom, Michel. Tudo ficará bem.

Ele saiu do abraçou e pegou um lenço e começou a limpar minhas mãos que estavam com o sangue do Gabriel.

-Desculpa por não te vindo no seu casamento. -Ele me olhou e voltou a me limpar.

-Tudo bem, eu também não fui no seu. -Eu não fui no dele por motivos óbvios, mesmo que o termino foi amigável, mas não ia me sentir bem indo.

-Você perdeu, a festa foi boa, comi tanto. -Ele deu um sorriso e sorrir também.

-Wallace, quem fez isso com o Gabriel? Por que? No dia do nosso casamento ainda.

-Não sei, Michel. Eu já conversei com os policiais locais, só algumas pessoas viram o atirador, mas acredito que ele deve está longe agora.

-Mas não entendo, o Gabriel me jurou que não fazia mais parte disso, eu não entendo. -Meu desespero estava voltando.

-Você sabe que eu não sou mais policial, decidi larga essa vida e me dedicar a minha família.

-Sim, eu li o último e-mail que você me mandou, está fazendo o que agora?

-Abri uma mecânica, e a Sara saiu também, depois de 3 filhos, ela não teve tempo de trabalhar como policial mais.

O Wallace tinha três filhos, era um casal de gêmeo e um menino caçula.

-Que bom, acredito que sempre foi seu sonho ter uma família grande. -Falei me lembrando das noites que ele pensava no futuro, e como deseja uma casa enorme com várias crianças brincando.

-Eu sinto muito, Michel, foi uma lastima ter acontecido isso no dia mais feliz da sua vida. -Ele segurou minha mão e eu suspirei.

-O que eu faço, Wallace? - Eu o chamava de Wallace por que ele tinha pedido a muito tempo, eu o conheci com esse nome e ele me pediu para eu continua a chamá-lo assim.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora