3. Princípe das drogas

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Tinha cabelos loiros, olhos azuis, uma pele bem branca, um nariz quase perfeito, mas estava quebrado e uma boca bem vermelha e lábios fartos. Na hora reconheci, era o cara da balada. Gabriel o príncipe das drogas, estava de novo na minha frente.

-Você? – ele me olhava com fúria, os olhos estavam vermelhos, pupilas dilatada e alterado. Tinha usado droga e pelo cheiro do hálito, tinha bebido.

-O que você faz aqui? Me chama um médico logo. – ele desviou o olhar e voltou para o corredor – Quero um médico! – gritou, mas os meus colegas estavam muito ocupado tentando estabilizar o casal.

Cheguei mais perto do indivíduo, abaixei-me e falei calmamente perto do seu ouvido.

-Eu sou médico e eu que vou te "cuidar" hoje.
Falei o final na frase entre os dentes.

-Não, você não é médico, quero um de verdade -Ele parecia desespero, sentia os olhos dele em mim.

-Você não me ouviu? Quero outro médico. -A postura dele estava cedendo, estava com medo ou perto disso.

De novo me abaixei, só que agora minha paciência esgotou.

-Você tá vendo aquele casal ali? -Apontei para o final do corredor – Eles estão naquela situação por sua causa, os meus colegas não estão com tempo de atender você. Se preferir podemos esperar um deles liberar, mas acredito que vai ter cirurgia. Então de manhã alguém vai chegar cansado e te atender.

Pode ser senhor? – eu tentava me controlar, mas era impossível.

Ele me olhou, seus olhos era realmente lindos, tirei isso da minha cabeça e me ergui. Fiquei ereto e esperando a resposta dele.

-Que seja cara. -Ele falou olhando para o teto e o levei para o consultório.

Peguei a pré ficha dele, sim era mesmo o Gabriel. Fiz mais alguma perguntas que foi respondida de mau gosto. E terminei a ficha. Tirei sangue dele, mandei a enfermeira levar no laboratório, certeza que a polícia iria querer fazer o exame toxicológico nele.

Mandei ele tirar a camiseta, tinha que fazer o exame físico também.

-Tá doido? Não vou fazer isso. – ele estava sentado na maca.

-Senhor Gabriel, estou tentando fazer o meu trabalho. Preciso que o senhor tire a camiseta para fazer os exames. Por favor, coopere comigo. -Tentei mudar minha postura e acabar logo com isso.

Ele não falou nada, só começou a tirar
a camiseta com dificuldade, ele gemia de dor e a camiseta acabou ficando presa em seu pescoço. Ele não estava usando a mão esquerda, essa devia estar fraturada. Resolvi ajudar ele.

-Se você me tocar, juro que te mato. -Ele me ameaçou enquanto eu tentava o ajudava.
-Cara, como você pode ser tão ridículo assim?

Tiramos a camiseta e vi o estado. Ele tinha um peitoral incrível, com uma tatuagem de fênix, que pegava parte do abdômen e das costas dele. Tinha uma abdômen sarado com poucos pêlos, mas o que realmente me chamou atenção foi o roxo enorme em suas costelas.

Aquilo estava errado. Poderia ser uma hemorragia. Rapidamente sair da sala, ele ficou perguntando a onde eu ia.

Voltei em pouco segundo, tinha confirmado se uma das sala de cirurgia estava pronta. Peguei a marca dele e o levei.

Tinha mais dois médico de plantão, eles me ajudaram terminar os exames para confirmar a hemorragia. O Gabriel estava apavorado. Não falava nada.

Ele começou a suar, se deitou mais na maca. Merda, não podíamos mais esperar. Tinha que ser aberto urgente.
Preparando a sala, a do lado estava o casal.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora