Fiquei a noite toda em claro. Por que me submeti a isso? Tentei pensar varias forma de fugir daquilo. Mas eram planos que iam levar a nada.-Alô. – Meu telefone tocou, era do hospital.
-Doutor Michel? -Pela voz era o senhor Alfredo, meu chefe.
-Sim, sou eu.
-Tenho que falar com o senhor.
-Sim, antes do meu plantão eu passo aí.
-Não Michel, você está de férias.
Aquilo me paralisou, que diabo estava acontecendo.-Desculpa senhor, mas minhas férias são daqui a quatro meses.
-Não, você tá de férias a partir de hoje -Ele foi duro e direto.
-Por que?
-Vários motivos, não acha? E para evitar outro acidente, melhor você ficar em casa. Se o senhor não concordar com essa decisão, teremos que tomar medidas mais definitivas.
Por essas férias agora? Sabia que tinha uma mão do Rei.
-Bom, pelo silêncio acredito que você concorda, então mais tarde passa aqui para assinar os papéis.
Desliguei e me joguei na cama, o que estava acontecendo com minha vida. Queria fugir para outro planeta, maldita hora que fui para aquela balada.
Assinei os papéis e quando cheguei em casa recebi uma mensagem, acredito que era do Marcos, ou de alguém de lá. Falando que o hóspede ia chegar às 19 horas.
Suspirei, como iria aguentar isso por um mês? Espero que ele me mate, se não eu que ia matá-lo.
Faltava 5 minutos para as 19 horas.
Não vou dizer que estava nervoso para chegada dele. Infelizmente aquele palhaço me deixava ansioso.
Quando era 19:10 o interfone toca. Pedi para o porteiro mandar ele subir.
Tocaram a companhia e atendi.
Abrir a porta, Gabriel estava de boné para trás, usando regata preta que destacava os músculos e um short jeans levemente apertado, tinha um relógio caro no pulso e uma corrente fina no pescoço, com um pingente de raio.
Seu olhos estavam azul escuro, os cílios dele era longos e a barba estava feita. Ele estava com uma mochila azul no ombro e o braço ainda estava engessado.
-E aí mano. -Ele foi entrando e a educação passou longe.
-Pode entrar "mano". -Fui irônico com a entrada dele.
-Onde fica o quarto para eu colocar minhas traias? -Ele estava parado na frente do sofá.
No meu apê tinha somente um quarto. Ele iria dormir no sofá.
-Aí! o sofá é seu dormitório, fica a vontade. -Fui para a o outro lado da sala.
-Sofá? -Ele me olhou sério e indignado.
-Sim, o sofá, não tenho outro quarto. Moro sozinho e não recebia visita até hoje.
-Tanto faz – deu de ombro.
Ele se sentou no sofá, colocou a mochila no chão e olhou para mim.-Tem o que de janta? -Não, isso já era abuso. Aquilo não ia dar certo.
-Aqui não é hotel e não estou aqui para te servir. A cozinha é ali, fica a vontade.
-falei rápido o bastante, mas legível.-Nossa, assim que você trata as pessoas que recebe na sua casa?
-Como já falei, não recebo hóspedes e você não é bem a pessoa que queria que estivesse aqui. Então a cozinha está ali. Vou tomar banho.
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Rei do tráfico (Romance gay)
Romance(Concluído) Michel é um homem de 25 anos, é médico e está fazendo residência médica, sua vida parece perfeita. Mas está preste à mudar depois de uma balada que ele conhece um homem irresistível e misterioso. Será que isso vai acabar bem? Essa histó...