2.5 Provocações

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Passou alguns meses que eu morava nessa cidade e estava na hora de seguir em frente.

Não tinha notícias do Gabriel e de ninguém que fazia parte daquele mundo, aquilo parecia uma passado bem distante para mim.

Às vezes perguntava para o Wallace sobre isso, ele era vago com as respostas e acabou que não tinha mais nenhum contato com ninguém.

Meus pais e o meu amigo Cláudio vieram me visitar e eles amaram a cidade e ficaram felizes com minha atitude alegre. Minha mãe falou que quando aposentar queria morar ali, e eu achei aquilo uma ótima ideia.

Com o passar dos dias eu comecei a sentir um tipo de carência, me aliviava com a mão, mas já não estava ajudando.

Sabia que esse momento iria chegar, mas será que eu estava pronto?
Não sabia, mas realmente tinha que parar de aliviar minha tensão na punheta e no karatê.

Tinha que começar a sair e tentar recomeçar minha vida amorosa.
Mas tinha medo de sofrer de novo, medo de me arrepender.

Uma vez um rapaz veio para uma consulta, ele era muito bonito. Ele era moreno claro, tinha minha altura, mas um jeito mais machão, bem de interior mesmo. Usava até bota. Tinha olhos castanhos escuros e cabelo preto que iam até suas orelhas, com um topete enorme. Sua calça era tão apertada que mostrava o volume no meio das suas perna e também usava camiseta xadrez. Vi que ele ficou de gracinha comigo com cantadas baratas, mas tive ética e não me rendi aquilo.

Mas ele acabou deixando o seu número de telefone para mim.
Olhei para aquele papel e pensei em
Ligar um dia para ele, mas guardei ele na minha gaveta.

O Wallace tinha muito brincadeira comigo, mas nunca levei para maldade e acredito que ele também.

Mas um dia ele estava sentado no sofá, aquele era o fim de semana nosso. Estava passando um filme bem legal na tv e eu fui fazer pipoca, na volta eu me deitei no sofá e coloquei meus pés do colo dele.

Ele fazia uma massagem maravilhosa e eu pedi para ele. Ele revirou os olhos e começou a massagear.

Só que sem querer meu pé tocou no seu pau, na hora sente um arrepio enorme e tirei meu pé, mas ele segurou antes e voltou a colocar na mesma posição que estava e não olhou para mim e continuou a massagem.

Não vou negar que fiquei excitado com aquilo, mas não iria usar o Wallace para matar meus desejos sexuais.

Em outro momento sentir a mesma coisa, era um dia de semana, estava lavando louça para não deixar para dona Rose no outro dia.

O Wallace veio atrás me mim, eu tinha o liberado de lavar a louça e ele quis agradecer e me abraçou por trás, ele sempre fazia isso, mas eu achava que não tinha maldade nesse contato, mas dessa vez essa brincadeira me afetou.

Ele estava encostado o seu corpo enorme no meu, sentir seu cheiro e sua mãos forte na minha cintura.

Eu fiquei paralisado mas tentei disfarçar e voltei a lavar louça. Ele
Como um belo de um desgraçado passou sua barba no meu pescoço.
A isso era demais, eu já estava de pau duro.

-Wallace, não! -Falei sério mas meus olhos já estavam fechados.
-Vai dizer que não gosta que faço isso? -Ele agora passava a boca na minha nuca, apertou mais seu corpo contra o meu. Quando sentir que ele também estava excitado resolvi acabar com isso.
-Não estava no seu acordo você fazer isso, então você vai terminar de lavar a louça. -Eu tinha o afastado e sair da cozinha. Ouvi ele dando uma risada. Idiota!

No outro dia estava no meu consultório, não tinha nenhum horário marcado e abri a gaveta para guarda o meu carimbo e olhei o bilhete.

Era o número do telefone do bonitinho.
Tentei não pegar, mas não resistir.
Liguei para o telefone e uma voz rouca e grossa atendeu.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora