20. Alex

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-Alex! – Fui até meu amigo, ele já estava morto. Uns dos tiros tinha pegado na sua testa, sua morte foi instantânea. Eu soluçava entre o choro e o desespero.

Dois homens me puxaram e seguram os meus braços para trás, tentei escapar, mas foi em vão.

-Agora você. -Aquele desgraçado do Guto apontou a arma na minha direção e eu o olhei com raiva.

-Seu filho da puta, por que você fez isso? -Eu gritei me lamentando pela morte do meu amigo.

-Ele teve o que mereceu. -Guto estava em pé na minha frente, a arma estava apontada para minha cabeça e os dois brutamonte me segurava com força.

-Quem é você para saber o que uma pessoa merece, seu monstro. -Meu choro nessa hora sessou, estava com muita raiva, o sangue do Alex estava nas minhas mãos e na minha calça.

Eu tremia, queria matar esse desgraçado.

-O que vou fazer com você? -Ele levantou a arma e coçou ela na sua cabeça.

-Qual seu nome mesmo? -Ele apontou de novo a arma para mim.

Eu não respondi, só o olhava com ódio.

-Responde caralho, qual seu nome? -Ele veio até mim e deu um soco com a sua arma atingindo meu supercílio, doeu muito e começou escorreu sangue, eu não ia cede, queria que ele me matasse.

-Fala logo! -Ele estava sem paciência.

-Pega a carteira dele então. -Um dos caras enfiou a mão no meu bolso e pegou minha carteira e tirou minha identidade e deu para o Guto.

-Michel! -Ele olhou minha identidade e a jogou longe.

-Michel, é o seguinte, você tem que cooperar comigo, se não vai ter um destino igual a do seu amigo.

Eu estava com a cabeça abaixava, a dor estava latejando, o meu sangue pingava no chão.

-Agora me conta o que o Alex queria falar com você? -Ele levantou minha cabeça e segurou meu queixo. O meu olho esquerdo estava fechado.

-Nada que te interessa. -Eu falei entre os dentes. Ele não esperou eu terminar e meu deu outro soco agora com as mãos e atingiu com força minha bochecha.

-Ou você me responde certo as coisas ou eu te mato. -Ele voltou a segurar meu queixo.

-Ele só me contou o motivo dele fugido de você seu monstro. -Eu falei com uma voz baixa, queria que ele acabasse logo com isso, se fosse para me matar, que seja rápido.

-O que ele disse sobre o Cartão? eu sei que ele não levou para a polícia, se fosse assim, já estaríamos preso. -Ele me soltou e foi até o corpo do Alex.

-Nada, não sei de nada sobre esse cartão, já disse que ele só veio me falar sobre... -Eu não conseguir terminar de falar, por que ele tinha abaixado até o rosto do Alex e fechou os seus olhos que permanecia abertos, olhou para baixo e voltou sua atenção para mim.

-Vocês acham que sou idiota, mas isso já basta. -Ele se levantou e foi até mim e olhou para os caras que me seguravam.

-Leva ele até o chalé, o Alex vocês podem enterrar em... -Eu não ia aceitar ele tratar o Alex assim.

-Não, por favor, não trata o Alex como um indigente. -Eu supliquei, os caras tinham me levantado.

O Guto me olhou com os olhos vazios por um segundo e olhou para o Alex de novo.

-Tanto faz. -Ele deu de ombro. -Touro! –Ele se dirigiu para um homem negro que estava atrás dele, realmente parecia um touro de tão alto e musculoso. -Queima o corpo e dar as cinzas para o Michel, já que faz questão de um enterro. -Ele deu risada, aquilo embrulhou o meu estômago, que tipo de monstro aquele demônio era.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora