Epílogo - O casamento -Parte 1

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-Gabriel, vem para casa urgente! -Falei no telefone desesperado.

-Oi, calma Michel, o que aconteceu? Você está bem?

-Vem para casa!

-Eu vou fechar o escritório e já estou indo. Você está em perigo? Por favor, me fala.

-Eu estou bem, só vem para casa.

*****

Uns minutos depois...

-Oi, cheguei, meu Deus, o que aconteceu? -Gabriel chegou cantando pneu, estava ofegante e cansado.

-Isso aconteceu! - Eu peguei uma gaiola e coloquei em cima da mesa da cozinha, tinha um pano em cima e quando o Gabriel tirou o pano, ele me olhou indignado.

-Você só pode está de brincadeira com minha cara, o que é isso?

-Uma galinha.

-Sério? Pensei que era um dinossauro, Michel, o que significa toda essa urgência por causa de uma galinha?

Dona Rose chegou na hora com uma faca amolado na mão e olha para nós dois.

-Vamos ter plateia para matar a galinha? -Ela falou isso indo em direção à gaiola e eu entrei na frente.

-Você não vai matar ela, sair daqui, sua assassina de galinha. -Eu estava no meio da assassina de ave e da vítima que nessa hora olhava assustada para faca ou não, não sei como as galinhas sabem se vão ser morta ou não.

Olhei para o Gabriel pedindo ajuda e ele me olha com raiva.

-Michel, me explica o que está acontecendo aqui? Meu Deus, eu pensei que você estava em apuros, você quer me matar?

-A única assassina aqui é essa velha. -Apontei para dona Rose e ela começou a ri e todos riram também.

-Ele trouxe essa galinha, eu só quero fazer um ensopado para a janta hoje, seu Gabriel.

-Eu ganhei essa galinha, ela é minha, então nada de matança hoje.

-Ganhou de quem? -Gabriel me pergunta, tirando a gravata e o palitó e se sentando numa cadeira.

-Ganhei dos Wilsons, o caçula deles ficou doente e eu fui atender a criança, mas eles não tinham dinheiro para pagar a consulta, eu não quis nada, mas ele exigiu que eu aceitasse essa galinha e eu peguei.

-Dona Maria, por favor, larga essa faca, o Michel não vai deixar você fazer essa galinha de janta. -Gabriel falou rindo e a dona Rose deu um suspiro e largou a faca na pia e depois falou.

-Um dia ela vira comida, você vai ver. -Ela deixou a cozinha e eu suspirei de alívio.

-Michel, você é demais. -Ele se levantou e foi até a galinha e me olhou.

-O que você pretende fazer com essa criatura? -Ele perguntou passando o dedo no bico dela.

-Vou criar ela, vai ser minha galinha de estimação. -Falei rindo e puxei ele até mim e o abracei.

-Desculpa, não queria te assustar, mas a dona Rose me assusta quando ela está com uma faca na mão. -Falei fazendo cara séria e ele deu risada.

-Tudo bem, meu anjo. -Ele me deu um beijo de carinho e depois começou a esquentar, me mordendo a orelha e depois os lábios.

-Ei, para, o episódio da galinha não acabou, ela precisa de uma casa, por isso também te chamei. -Tentei me soltar dele, mas sabia que era em vão.

-Depois fazendo a casinha dela, agora eu vou fazer uma coisa mais urgente com você. -Ele começou a me beijar com mais desejo, eu já estava excitado e pelo visto ele também.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora