Rei do tráfico (Romance gay)

2.9 Eles

Narrado pelo Wallace

-Você tem que nós ajudar, Fernando.

-Você tinha que me ligar nesse exato momento? -Eu não acreditei que ela me ligou agora.

-Por quê? Muito compromisso aí nessa cidade? -Ela falou com sarcasmo.

-Não, mas estava em um momento decisivo. -Estava andando de um lado para o outro. -Me fala logo o que você quer?

-Hoje o norte vai atacar o sul, temos que intrometer, é a chance de pegamos os dois lados.

-E por que precisa de mim? -Não entendia o que minha presença iria mudar.

-Você é o único que conhece o Sul, sabe o que fazer. -Ela falou contragosto.

-Eu me afastei da polícia, não preciso ajudar ninguém. -Estava nervoso com aquilo, só queria ir atrás do Michel e ouvi a resposta dele sobre meu pedido de casamento.

-Fernando, por favor. O chefe pediu por você, se não fosse isso eu nunca iria te chamar.

-Sara...

-Por favor, muitas pessoas vão morrer se não fizemos nada.

-Tá, eu vou. -Merda, eu só tinha que arrumar uma desculpa para dar ao Michel, odiava mentir para ele, mas era preciso.

Se ele soubesse que eu sou da polícia federal iria estragar tudo, demorei tanto tempo para conquistar ele que eu não poderia jogar 2 anos no lixo assim.

Tinha que pensar rápido, talvez se eu falasse que o Gabriel me chamou, ou que eu tinha que resolver uns problemas na mecânica. Alguma desculpa eu tinha que dar para ficar fora a noite inteira e bem no dia que pedi ele em casamento.

Subi as escadas quando percebi que ele estava no quarto. Entrei e já fui falando a desculpa que eu ia dar.

-Preciso te falar... -Não conseguir completar a frase quando eu vi que ele segurava meu distintivo nas mãos, seu olhar era de assustado.

-Eu posso te explicar. -Eu só pude falar isso, era hora de conta a verdade, ele ficou bravo. Pensei que iria me bater.

Mas a campainha tocou e ele foi atender bufando de raiva, foi atrás para ver quem era.

O Gabriel me ligou a dois dias falando que sua mãe e seu irmão iria ficar na cidade e me pediu para proteger eles, não devia nada ao Gabriel, mas sentir que deveria fazer isso.

Quando de tarde eu fui até a casa onde eles estavam, vi alguma coisa estranha, um carro que eu nunca tinha visto na cidade e fui ver o que era.

Era um cara do Norte, estava com conversando com Henrique, eu espanquei aquele desgraçado e liguei para um policial amigo meu e mandei levar ele para a prisão. Agora eu tinha que ficar mais de olho e tomar cuidado, nada poderia acontecer também com o Michel.

O Henrique me contou do ataque, mas eu já tinha dado um jeito nisso, então mandei ele buscar a sua mãe e iria deixar eles em casa, a segurança aqui era enorme e nada iria acontecer.

Fui para cozinha e quando o Henrique trouxe a Alice, ele deixou ela com o Michel e foi onde eu estava.

-Meu irmão disse que eu podia confiar em você. -Ele era a cara do Rei Marcos, mas tinha um jeito totalmente diferente do Marcos ou do Gabriel. Era inocente, acredito que nunca tinha batido e nem atirado em alguém.

-Sim carinha, fica tranquilo, vocês vão ficar aqui em casa e o segurança vai passar a cada 5 minutos, mas preciso saber de uma coisa.

-O que?