8. Beijos

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Quando nossos lábios se tocaram eu pressionei minha boca com força contra a do Gabriel, queria o machucar.

Abrir um pouco minha boca e ataquei ele, minha língua o invadia como um louco, ele não reagia e nem se mexia.

Minhas mãos segurava os braços dele contra a parede, enquanto minha língua explorava cada parte da sua boca, estava tão violento que nossos dentes se tocaram algumas vezes.
Eu não respirava, já estava começando a perder o fôlego, quando que ele reagiu.

Sua boca fazia movimento acompanhado a minha, sua língua estava também descontrolada.

Ele se livrou das minhas mão com facilidade e me empurrou mais contra sua boca, me beijava com fúria, parecia dois lobos querendo acabar com a vida do outro.

A briga estava feia, ele me colocou contra a parede, mudando de posição comigo.

Eu tentava respirar, consegui um pouco ar, com isso foi diminuindo meu ataque, o beijo então ficou mais devagar, nossos corpos agora estava unidos, sentia sua ereção contra a minha barriga e eu estava começando a ficar excitado.

Merda, não era isso que eu queria, então mordi com muita força o lábio inferior dele, fazendo ele dar um gemido de dor, com isso conseguir me livrar das mãos dele.

-Aí caralho! -Ele colocou a mão na boca, tinha sangue em seus dedos.

-Vai tomar no cú, Gabriel. -Eu estava ofegante, tentava buscar ar.

-Não precisava me morder assim cara. -Ele ainda tinha a mão em sua boca.

-Vou dormir, passar bem. -Sair dali batendo os pés, quando cheguei no corredor, corri para meu quarto e tranquei a porta.

Se ele viesse atrás de mim com certeza ia rolar mais que um beijo.

Agora sabia, infelizmente eu soube que eu estava apaixonado por ele. Queria que o beijo fosse ruim, usei todas minhas forças para machucar ele, mas quem eu estava enganando.

Beijar Gabriel foi incrível. Principalmente no final do beijo, meu pau estava duro, agora chegava a doe.

Sentir muita vontade de voltar lá e terminar o que eu tinha começado, queria me entregar para ele, ter ele de todas as formas possível, mas não podia, não confiava nele, mentiu, me enganou e ainda queria prejudicar Alex.

Não acreditei que o Alex teria coragem de fazer isso, já mais calmo peguei meu celular, fui na agenda e liguei para ele.
Deu fora de área, não, meu amigo não seria capaz disso, não podia ser.

O que eu ia fazer com todas essas informações e acontecimento?

Somente fechei meus olhos e deixei o cansaço me dominar.

Mas nem no sono eu tinha paz, eu sonhei com aquele beco. O cara estava morto, seu sangue estava todo pelo chão, olhei para minhas mãos e elas estavam coberta pelo sangue dele, aliás eu estava todo cheio de sangue. Gritei, Gritei muito e acordei. Estava todo suado e ofegante, já era de dia.

Passei a mão na cabeça e fui no banheiro, tomei banho e fiz minha higiene matinal.

Saindo do banheiro fui para a sala, precisava de café, mas teria que ver a cara do Gabriel e isso me deixou animado e com raiva.

Não tinha ninguém ali, estava sozinho. Será que ele tinha indo embora? Eu respirei fundo por esse pensamento, podia em fim ter paz, só que me sentir triste.

Não ver mais o Gabriel parecia que doía, que merda eu estava sentindo por esse otário.

Fiz café e um lanchinho, quando a porta se abre e ele aparece, eu sem querer sorrir por dentro.

Rei do tráfico (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora