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Milena

Leila: Minha filha não vai...- Me agarrou.

Engoli no seco e vi que Thaygo tava tentando ter paciência, o que era raro.

Principalmente comigo.

Piloto: Com todo respeito, a mulher é minha e ela tá grávida de mim! - Apontou.

Mulher, minha mulher.

Mi: Deixa eu ir mãe.- Pedi respirando fundo.

Minha mãe virou o tapão na minha cara, vi a cara do Thyago se transformar em raiva.

Nem parece que me me bate/batia.

Leila: Você gosta se ser vadia mal comida, marmita de bandido.- Gritou me sacudindo.

Eu só sabia chorar.

Ruan: Eu vou com ela, eu cuido dela tia.- Me abraçou de lado.

Piloto: Vou esperar lá fora, se não chegar em dez minutos eu te levo pelos cabelos.

Ruan: Nela você não encosta.- Se pôs na minha frente.

Engoli no seco vendo o Piloto dá o sorriso debochado.

Aquele sorriso que ele só dá quando vai matar alguém.

Mi: Eu vou com você...- Tirei Ruan da minha frente.- Só falta pegar as malas.

Ruan saiu pra pegar as malas.

Leila: Bom que assim você vai pra bem longe de mim, a partir de hoje não tenho filha! - Me peito apertou.

Thyago jogou o boné longe e veio na nossa direção, entrei na frente dele e ele puxou meu braço, me abraçando em seguida...

Mi: Na hora de pedir pra eu ir buscar droga, eu fui filha, na hora que não tinha nada pra comer em casa, eu fui filha.- Minha avó abriu a boca encarando minha mãe.- Você fala de mim, mas lembre que você se envolveu com bandido também e além de tudo, casado!

Leila: Cala...- Minha avó deu um tapa no pé da orelha dela.

Luciana: Não abre a boca pra falar mais uma palavra.- Apontou.

Deitei a cabeça no peito do Thyago e ele me apertou.

Me despedi da minha vó, a única que eu fiz questão.

Piloto: Aqui tu não vai.- Implicou com o Ruan.

Mi: Deixa ele ir,por favor Piloto.- Pedi cansada.

Minha barriga doía, nem em pé eu conseguia ficar direito.

Piloto resmungou algumas coisas, entrou batendo a porta do carro.

Eu ia atrás mas ele me deu um puxão fazendo a dor aumentar, coloquei a mão no pé da barriga e ele reamumgou.

Piloto: Desculpa, tu me estressa..- Entrou no banco de motorista.

Fiquei calada.

Quem vê até pensa eu não me batia, me humilhava, que pisava em mim!

Mas é só praticar alguma coisa boa, que todos esquecem os erros e pronto.

O sapo vira príncipe..

Maloqueira Onde histórias criam vida. Descubra agora