Maya
Terminei de arrumar o quartinho da minha filha, sai do mesmo fechando a porta.
Me bati com meu pai no corredor e ele fez uma careta.
Maya: Olá senhor Igor.- Ele me abraçou.
Rei: E aí, mamada.- Beijou minha cabeça.- Se liga, tenho uma meta pra te dar.
Maya: Diga, diga.- Ele me olhou sério.
Rei: Hoje é a última vez que o Dg vem aqui.- Dei uma risada.
Maya: Mas pai...- Ele negou.- Você nunca ligou pra isso, pq agora? Que porra.
Rei: Olha o respeito, caralho.- Apontou na minha cara.- Pq dele tu gosta, tu tá ligada que no baile ontem ele foi pro quartinho ontem com mais de 10?
Maya: Quem te falou isso? - Desfiz minha pose.
Rei: Nayara pô.- Sorri sem graça.- Já tá avisado, se não seguir a meta, eu mato ele.
Engoli no seco, meu pai quando quer uma coisa consegue.
Maya: Eu odeio vocês dois..- Falei baixinho.
Ele segurou meu rosto com força e me empurrou contra a parede.
Rei: Aprende a respeitar, já disse que não aturo piranha mimada.- Me soltou.
Maya: Piranha é tuas putas.- Coloquei a mão no meu rosto.
Ele ia vim pra cima de mim, mas a Nayara saiu do quarto dela que por acaso era do lado.
Nay: Vocês tão chapando é? Nem dormir a pessoa pode.- Entrou na minha frente.
Deixei eles dois ali e desci, peguei o prato que tinha abacaxi na geladeira e fui me sentar na calçada.
Negão: Que cara de paia é essa? - Me chutou.
Maya: Aí, cala a boca.- Bati no pé dele.
Negão: Como tá minha afilhada? - Sorri sem nem olhar pra ele.
Maya: Quem disse?
Negão: Eu sou o único que tu fala nesse morro.- Dei os ombros.
Real, eu não falava com ninguém daqui.
Geral é tudo invejoso, quer o que é teu!
O mais próximo que eu tive de amiga foi a Isa e Andressa.
Fiquei conversando com ele, ele sentou no meu lado e começou a comer comigo.
Uma moto parou na nossa frente e um homem de cara fechada desceu.
Dg: E aí.- Deu uma encarada no negão que ignorou.
Maya: Trouxe o que eu pedi? - Ele concordou me entregando umas sacolas.
Negão: Vou pro meu posto, fé pra tu guria.- Beijou minha cabeça.- Cuida da minha afilhada.
Maya: Iludido.- Brinquei mandando beijos.
Dg: Não gostei.- Sentou do meu lado.
Maya: Cala a boca que você ficou com mais de dez meninas ontem.- Falei fechando a cara.
Dg: Eu? Tá maluca? Ontem eu só brotei na casa da Isa.- Fez careta.
Maya: Ah tá.
Dg: Tem nem pra que mentir, visse.- Falou sem dar importância.
Revirei os olhos e concordei.
Pensando por outro lado, a Nayara sempre implicou com todos os meninos que eu pego.
Fiquei olhando as roupinhas que ele trouxe e eu ficava feliz, até pq quando eu contei a história a ele, ele disse que não queria se envolver.
É muito homão da porra mermo.
Meu pai saiu e já fechou a cara quando viu ele.
Eu já tinha comentado sobre o ocorrido com o Douglas, então ele se levantou e foi conversar com meu pai.
Fiquei comendo o chocolate que ele trouxe, depois de quase meia hora ele voltou com mó carão.
Dg: Nós vai ter que casar.- Gargalhei e ele me olhou.- Tô falando sério.
Maya: O que ele falou? - Dei um chocolate pra ele.
Dg: Que se eu quiser ficar com tu,vou ter que assumir de vez.- Engasguei com meu chocolate.
Maya: Foi bom te conhecer.- Brinquei.
Dg: Mas eu quero tu pra mim, então querendo ou não nós vai se juntar.
Maya: Maconha estragada?
Dg: Tu se passa né? Eu ein.- Me beijou.
Maya: Cê tá falando sério?
Dg: Não, virei palhaço pra tá brincando.- Pegou me chocolate.
Eu realmente não sabia esconder meu sorriso de felicidade enquanto ele sorria de lado.
Abracei ele sorrindo feito uma louca, ele beijou minha cabeça e a Nayara saiu no portão.
Douglas nem olhou, ela fez questão de falar com ele,mas ele acenou sem me olhar.
Caralho, eu ia morar com ele.
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Maloqueira
Teen Fiction-Então vem, brota e convoca geral, chama tuas amiguinhas pá ver tu levando pau! Pra bater peito comigo tem que ser mais mulher que eu.