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Isa

Fê: Não quero...- Virou o rosto.

Isa: Felipe! - Falei séria e ele já me olhou.- Ou tu come essa porra ou jogar tu não vai!

Ele já se abriu e enfiou a colher na boca.

Voltei a arrumar a casa, escutei a cadeira arrastando e sorri.

Ensinei a lavar os pratos e fazer as coisas pra me ajudar dentro de casa mesmo.

Como eu falo pra ele, se quer ganhar as coisas tem que fazer por onde.

Fê: Pronto manhê.- Gritou da cozinha.

Isa: Já vou.- Falei ainda arrumando a sala.

Ele veio correndo quando alguém abriu a porta.

Era o Jonas e Alan.

Fê: Papai...- Pulou pro colo do Alan.

Voltei a varrer a sala, Jonas se jogou no sofá e Alan tava abraçando o Fê.

Isa: Fala com o tio Jonas, Felipe.- Mandei sem nem olhar.

Fê: Oi tio.- Falou baixinho.

Jonas: E aí, moleque.- vi ele abrir os braços.

Eu sorri e o Fê viu, então ele pulou no colo do Jonas.

Alan olhou pra mim também e eu revirei os olhos.

Fê: Vamo mãe, tô atrasado.- Me apressou.

Neguei com a cabeça e fui deixar a vassoura na área de serviço.

Jonas: Eu vou levar ele.- Avisou com o Fê no colo.

Isa: Eu também vou.

Alan: Eu levo tu.- Se jogou nos sofá.

Fê: Vamo tio.- Jonas sorriu e foi saindo com ele.

Felipe é assim mesmo.

Ele vai por mim, se ele ver que a pessoa me faz mal ou eu não gosto dela, ele também não gosta.

Se eu gostar ele me segue.

Acho isso tão bonitinho.

Alan: Ainda tá bolada? Porra,nega.- Jogou a cabeça pra trás.- Eu não peguei ninguém.

Isa: Eu não tenho nada haver com isso.- Dei os ombros.

Alan: Te amo, gata.- Disparou e eu sorri contragosto.

Isa: Vamos, Alan.- Peguei meu celular e o dinheiro.

Alan: Vai dizer que me ama não? - Me abraçou por trás.

Isa: Não gosto de mentir.- Ele riu dando um beijo no meu pescoço.

Ele veio pro meu lado e foi pro meu lado, passando a mão pelo meu pescoço.

Isa: Deixa eu levar.- Tentei pegar a chave.

Alan: Tá maluca? Quero morrer não, filhona.- Fiz biquinho.

Isa: Então eu vou andando.- Dei as costas e ele segurou meu braço.

Alan: Dá beijo e fala que me ama.- Colocou uma mecha do meu cabelo pra trás.

Rapidamente nossas línguas se encontraram.

Ele segurou minha cintura e eu fiquei de ponta de pés.

Até pq ele é uma muralha e eu sou um anã tentando pular a muralha.

Enfim, ele é alto demais.

Isa: Te amo, capeta.- Dei mais um selinho nele e ele pegou a chave me entregando.

Alan: Aprende que tu é a minha mulher. Eu sou teu do mermo jeito que tu é minha.- Falou no meu ouvido e eu liguei a moto sorrindo.

O pior é que ele já provou que tava comigo.

Fechou no dez a dez.

Sempre segurou minha mão.

Nunca me julgou, apenas disse que tava do meu lado e se eu quisesse desabafar, ele ainda estaria lá.

Que mesmo a gente brigados, ele não vai deixar de me ajudar.

Por isso eu amo ele.

E até na história de pegar piranha, ele peida.

Real, quando ele pega, ele fala.

Assim como quando eu pego, eu falo.

Tipo um relacionamento aberto, e eu gosto disso.

Não tenho ciúmes, só não aceito que ele foda outras e depois venha de chamego pro meu lado.

Fodeu com uma hoje, só dorme comigo amanhã,pq o cheiro de puta já vai ter saido.

E daí, o único cheiro de puta que vai ficar é o meu!

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