Besides the life - T3ddy | Lucas Olioti

Bate em mim XXXI

Youtuber Malu Decker denuncia Leo Picon por agressão, seu parceiro com quem viveu por 4 anos; o casal tem uma filha de 4 anos.

• POV Lucas Olioti

Ao terminar de ver a reportagem que passou na TV, peguei a chave do meu carro e dirigi até o apartamento do Leonardo.

Toquei a campainha desesperadamente, até que ele abriu a porta. Empurrei-o e segurei a gola de sua blusa, dando-lhe um soco no rosto com tanta força, que ele caiu ao chão.

– BATE EM MIM, PORRA, BATE – pedi com raiva e o chutei no chão, enquanto ele tocava seu nariz, vendo que o mesmo sangrava.

– VOCÊ É LOUCO? EU VOU CHAMAR A POLÍCIA – ele se levantou e desviou de um novo soco, que eu lhe dei, e me devolveu um, confesso que fiquei tonto.

– CHAMA, VOU ADORAR VER VOCÊ NA CADEIA – coloquei-o contra a parede com meu antebraço em seu pescoço. – Escuta, escuta bem, que eu só vou falar uma vez, se você chegar perto da Malu de novo ou da Agnes, você não vai pra cadeia, vai pro cemitério, eu mesmo vou te mandar pra lá.

Avisei sério, eu estava tomado pela raiva e o ódio. Nunca fui violento, mas não consegui permanecer passivo depois de saber disso.

– Entendeu? – Questionei, apertando mais meu antebraço em seu pescoço, até que ele disse que havia entendido.

Soltei-o e saí tocando minha boca, onde ele havia acertado o soco; estavam doendo minha boca e minha mão por tê-lo socado, mas valeu a pena.

Peguei meu celular e liguei para a Malu, ela me disse que estava na Delegacia, então segui para lá.

Ao chegar, pude vê-la sentada sozinha em uma cadeira no corredor. Aproximei-me, olhando-a, verificando se ela estava machucada.

– Ei, você tá bem? – Ela se levantou, abraçando-me; eu a apertei contra meu corpo. – Shiii, tá tudo bem agora, não vou deixar mais ninguém te machucar, prometo.

– Eu tô bem, ele só me deu um tapa na cara, eu tô é assustada com tudo isso – ela se afastou do meu peito, limpando sua lágrima. – Eu, pelo menos, tô aliviada de ter dito o que disse a ele.

– Vai ficar tudo bem agora, tá? – Disse, olhando-a, e limpei sua lágrima.

– O que houve com sua boca? Tá machucada – ela questionou, e eu engoli seco.

– Eu vi o Picon, ele não vai mais perturbar vocês.

– Você matou ele? – Ela perguntou, em um sussurro, assustada, e eu ri.

– Não. Só dei uns socos. – Alisei o cabelo dela e selei seus lábios calmamente. Que saudade eu estava.

– Lucas... – ela me repreendeu.

– Desculpa, eu sei que a gente não pode.

– É que sua boca tá com gosto de sangue – ela disse e sorriu com o rosto molhado de lágrimas. – Eu amo você, só você.

– Você não sabe como é bom ouvir isso – afirmei, abraçando-a novamente e com um sorriso no rosto.