Amigos X

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• Malu POV

Depois de almoçar com minha mãe e ficar um tempo ali conversando com ela, Agnes, Ju e Picon, eu me levantei, despedindo-me deles.

– Onde você vai? – Picon questionou.

– Na casa do Mauro. Ele e a Rafa terminaram, e eu preciso fazer alguma coisa, são meus amigos.

– Posso ir com voxê, mamãe? – Agnes se levantou animada, mas o Leo a abraçou, fazendo-lhe cócegas, segurando-a.

– Não pode não, você vai ficar com o papai, fiquei sem você a manhã inteira, princesa – ele comentou. Eu adorava ouvir a risada da Agnes, mas saber que o Leo estava-a segurando apenas para ela não ir à casa do Mauro comigo me incomodava.

– Tá bom, eu fico, maizi depois quelo vê o Maulinho. – Agnes afirmou, apontando o dedo indicador em direção do Leo.

– Então é isso, gente, eu vou indo – dei um beijo na cabeça de cada um e selei os lábios do Leo.

– Não esquece o que conversamos – ele advertiu depois do selinho, e eu revirei os olhos.

– Mãe, não dá doce pra Agnes, tá? Ela comeu muito doce ontem – avisei, enquanto saía pela porta do quarto.

(...)

Saltei do uber, que me havia trazido, e paguei ao rapaz. Havia deixado o carro com o Leo, pois a Agnes estava com ele, e o carro tinha a cadeirinha dela.

Respirei fundo, olhando a casa do Mauro, a casa que me abrigou em um dos meus piores momentos e que também foi testemunha de um dos meus melhores momentos, na qual a Agnes foi concebida.

Caminhei até a porta e toquei a campainha, esperando que o Mauro abrisse, mas foi sua mãe que me atendeu.

– Malu? Você voltou? Ai, que bom, Mauro vai adorar te ver, ele tá tão tristinho esses dias – ela disse, abraçando-me para minha surpresa.

– Oi, tia, eu imagino, por causa da Rafa, né? Vai ficar tudo bem, posso ir lá falar com ele? – Questionei, saindo do abraço alguns segundos depois.

– Claro, ele tá lá no quarto dele, você sabe o caminho, pode ir lá – assenti sorridente, caminhando em direção às escadas.

– Ele não tá gravando não, né, tia? – Questionei enquanto subia.

– Tá não, ele deve tá deitado.

Terminei de subir as escadas e bati na porta do quarto do Mauro, que parecia estar conversando com alguém. Ao ouvir sua voz me dizendo "entra", abri a porta lentamente, vendo-o me encarar na porta e logo se levantar, abraçando-me forte, fiz o mesmo.

– Mentira que você tá aqui, eu precisava tanto de você agora – ele disse, já começando a chorar em meu ombro.

– Eu tô aqui, sim, ah, Maurinho não chora, poxa, vou chorar também – disse, apertando-o mais no abraço.

– Ele tá assim, qualquer coisa, tá chorando – a voz do Chris ecoou ao lado, então Mauro me soltou aos poucos, e eu limpei suas lágrimas, olhando-o.

– Vai ficar tudo bem – afirmei e abri os braços em direção ao Chris, que se levantou, abraçando-me. – Tudo bom, Chris?

– Sim, e você? Faz muito tempo que chegou? – Ele questionou, sentando-se novamente.

– Cheguei ontem de madrugada – digo, sentando-me ao lado do Maurinho e segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos.  Havíamo-nos tornado muito amigos naquele tempo em que passei em sua casa.

Besides the life - T3ddy | Lucas OliotiOnde histórias criam vida. Descubra agora