Decepções te mudam XLIX

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de samybvelezm

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• Malu POV

Aline havia chegado, e estávamos Lucas, Rafaela e eu no quarto do Mauro, assistindo tudo que acontecia na sala pelo notebook do Mauro, já que havíamos colocado algumas câmeras na sala.

Rafaela mal se aguentava ao ver o que estava acontecendo, a amiga, que ela tanto defendeu, estava prestes a se revelar a pior das traíras.

– Chega! Eu vou lá – ela se levantou, e eu fiz o mesmo.

– Ah, mas ela nem tirou a roupa ainda – Lucas reclamou, e eu o fuzilei com um olhar. – To brincando, Malu, credo.

– Rafa, você acredita agora? – Suspirei aliviada quando ela afirmou e me pediu desculpas mais uma vez. – Eu vou com você.

Descemos os três, Rafaela na frente, eu atrás e Lucas por último. Aline foi pega no pulo.

– Mas a Rafaela nunca gostou de você, eu acho uma pena, porque você é bem incrível – ela alisou os ombros do Mauro, e a Rafaela a puxou pelo braço.

– O que mais? – Rafaela perguntou, quase gritando, e eu adorei ver a cara da Aline de desesperada.

– Amiga, o que você tá fazendo aqui? – Ela olhou surpresa para o Mauro. – Você armou pra mim?

– Não, fui eu que armei – disse, rindo, olhando-a desesperada.

– Só podia ser. Rafa, você não pode acreditar, a Malu quer me joga contra você. Você viu ela com o Mauro – Aline tentou virar o jogo, mas a Rafaela lhe deu um tapa na cara muito forte.

– CALA A BOCA! VOCÊ NUNCA MAIS ABRE A BOCA PRA FALAR DA MALU. EU TE DEI UM TETO, ALINE, EU CUIDEI DE VOCÊ, TE DEFENDI, AFASTEI AS PESSOAS QUE AMAVA POR SUA CAUSA. - Rafaela a pegou pelo cabelo, e as duas se grudaram, batendo-se. Não me meti, já que a Rafaela estava batendo.

– Rafaela, chega. Vai arrancar sangue. T3ddy, ajuda aqui – Mauro disse, tentando segurar a Rafaela, e o T3ddy já ia segurar a Aline.

– Deixa que eu separo – digo, olhando braba para o Lucas e segurei a Aline pelo cabelo, puxando-a para longe da Rafaela.

– ME SOLTA, SUA PUTA, EU VOU TE MATAR, LUIZA. VOCÊS VÃO ME PAGAR. RAFAELA É UMA MERDA, NEM PRA SER AMIGA PRESTA. NÃO MERECE UM MÍNIMO DO QUE TEM. – Ao ouvir aquilo, joguei-a no chão e me ajoelhei em cima, dando-lhe uns tapas e recebi alguns.

– SOME DAQUI E NÃO VOLTA MAIS, NEM CHEGA PERTO DA RAFAELA. EU VOU TE ESPANCAR, SEU PROJETO DE PIRANHA BARATA, PROSTITUTA DE BUEIRO – gritei nervosa, tentando-a chutar, mas o Lucas me segurou.

– Isso não vai ficar assim - ela ameaçou.

– Não vai mesmo, não, vai inchar – Mauro disse, rindo, apontando para o rosto dela: estava vermelho com alguns arranhões.

– Tá aqui ainda, Aline? Pera aí – Rafaela passou a mão em um vaso que tinha na sala do Mauro e lançou contra a menina, que não teve outra alternativa a não ser correr para fora da casa.

– Rafaelaaaa, você quebrou o vaso preferido da minha mãe – Mauro advertiu com as mãos na cabeça, olhando os cacos do vaso no chão.

– Depois eu dou ela outro. Eu ainda quero bater nela. Aah, que ódio – Rafaela rosnou, sentando-se trêmula no sofá.

– Ela tem uma carinha boa pra bater, né? – Perguntei, rindo.

– Que horror, Malu. Você era maior paz e amor quando te conheci – Lucas se lembrou.

– A gente muda, né? As pessoas. As decepções acabam te mudando.