C A P Í T U L O O I T O - Conhecendo o passado.

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C A P Í T U L O O I T O

Conhecendo o passado.

Dormi como um anjo.

Isso é um fato histórico.

Desde a morte dos meus pais eu não consigo dormir tão bem, por horas ininterruptas. Sempre acordava várias vezes, com pesadelos horríveis, ou como tem acontecido nas ultimas noites, eu nem consigo dormir. Como consegui essa noite, após sair do escritório, Christian, um nome tão belo e forte quanto ele.

Sonhei que ele me fazia um carinho no rosto e velava o meu sono enquanto eu dormia, estranho ne? Mas juro que não estou reclamando.

Acordo com Candy batendo na porta, me chamando.

Ela pergunta se quero café no quarto ou se me importo de tomar café com eles, parece que todos querem saber um pouco mais sobre mim.

Quando olho no relógio sobre o criado-mudo, quase caio de costas, Breen está prestes a chegar do plantão e irá ficar louca quando não me ver em casa, tão cedo. Com muita luta consigo explicar a Candy que minha tia está chegando e não poderei aceitar o convite de tomar café com eles, a mulher tenta esconder a decepção com um pequeno sorriso, dizendo que não tem problema.

Minutos depois estou dentro de um carro preto, com vidros absurdamente escuros, e Pierre no volante, dirigindo feito um louco, o ruivo parece até estar apostando corrida de formula 1, de tão rápido que dirige pelas ruas calmas da cidade. Era para chegar antes da Breen e não para ela ter notícias que eu colidi com algum caminhão devido à alta velocidade em que estava. Por Deus!

- Pierre, querido. Se não for pedir muito. Será que podemos ir mais devagar? - Com uma mão seguro o cinto para confirmar se está bem preso e com a outra seguro o apoio de mão, no teto do luxuoso carro.

Pierre explode em uma gargalhada alta que ecoa por todo o carro.

-Eu não vou nos matar, Valentina. Acredite. - Como se estivesse tudo bem, olhar para o lado enquanto dirige a 150 km por hora!

Olho para ele, com os olhos semicerrados.

- Eu estou vendo.

Ele volta a sorrir.

- Ele gostou de você. - Diz baixinho atiçando minha curiosidade.

- Ele quem? - O ruivo sabe que tem minha atenção.

- O chefe. Normalmente não estamos acostumados a ter pessoas de fora, aqui. E os intrusos que aparecem ele sempre trata de lhes pregar alguma peça.

Arregalo os olhos.

Christian apronta com os visitantes!

É por isso que eles o temem!

Não pode ser...

- O chefe não é ruim. Tem seus momentos de raiva, mas tem melhorado. Consideravelmente. - Fala consigo mesmo essa última parte.

- O que ele faz para expulsar os intrusos? - Questiono atenta.

Pierre respira fundo, controlando outra crise de risos.

- Nada em especial. Apenas coloca músicas assustadoras dentro de casa, caveiras nas janelas e como tudo fica escuro, quando as luzes de dentro são ligadas quem está do lado se fora vê o que se passa dentro. E o que os pobres coitados veem são caveiras por todos os lados. E saem correndo assustados, e desesperados gritando aos quatro ventos que a mansão é assombrada e coisas parecidas.

A Fera e a Bela [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora