C A P Í T U L O T R I N T A - O Pedido.

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C A P Í T U L O T R I N T A

C A P Í T U L O T R I N T A

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O Pedido.

Após todo os acontecimentos das últimas horas, tudo o que eu mais queria era um banho quente, fazer um curativo em meu pulso, e dormir por longas horas, e tentar apagar esse pesadelo em que estive vivendo. Mas não pude. Deixei a cabana onde Olavo nos manteve presas e ao olhar uma última vez para o lugar me deparei com uma silhueta feminina de cabelos roxos cruzar o batente da porta, Azraela olhou para mim e meneou a cabeça em um breve cumprimento, desaparecendo novamente.

Chris questionou o motivo por eu ter empacado olhando para trás, mas foi inevitável, ela estava ali de novo. O anjo que Deus enviou par ame ajudar, para responder uma das minhas preces.

Levei Breen para o hospital, onde ela foi atendida de imediato, o médico que a atendeu também fez um curativo em meus pulsos e me examinou para saber se estava tudo bem comigo também.

Doutor Symon era o nome dele. Ele fez questão de acompanhar Breen em todos os procedimentos, não deixou que enfermeiro nenhum cuidasse dela, deixando claro seu interesse.

Breen saiu com uma luxação no pulso direito devido as inúmeras tentativas em conseguir livrar-se das cordas, uma costela trincada do chute que recebera, uma pequena inflamação nos olhos devido os socos que Olavo lhe dera durante as torturas, pegando dois meses de afastamento do Departamento. Doutor Symon a acompanhou no exame de corpo de delito para ver se ela tinha sido abusada sexualmente, mas graças a Deus não deu nada, Breen explicou que Olavo não conseguiu o que queria. Já eu tive apenas os pulsos enfaixados e o olho direito levemente roxo do soco que Olavo me deu enquanto eu o provocava para desviar sua atenção de Breen. Deixando Christian absurdamente furioso.

— Eu o odeio ainda mais por ter ousado levantar a mão para você! Olha isso, meu amor! – Ele disse pela enésima vez ao olhar para o meu rosto e ver os arranhões e o roxo do olho.

Saímos juntas do hospital já tarde da noite, com Christian ao meu lado cuidando de mim como se fosse eu a que estava toda quebrada e não a Breen. O s dois trocaram um olhar cumplice que não passou batido por mim, mas naquela noite eu não quis saber de mais nada. Depois de um dia inteiro de tormenta e cheiro de éter, eu desejava apenas dormir e esquecer tudo, porém extremamente grata ao meu Deus por não ter me desamparado. Por ter nos dado o escape para aquela situação difícil pela qual passamos.

Chris não me largou nem por um minuto se quer, se eu deixasse me faria companhia na porta do banheiro também. Ele fez uma avaliação minuciosa de cada parte minha para ter mesmo certeza se estava tudo bem comigo, perguntou pelo menos umas dez vezes se eu estava sentindo alguma dor.

Baby, não estou sentindo nada além de cansaço e sono. – Resmungo enquanto ele me sufoca em seus braços ao caminharmos até o estacionamento.

Agatha e Theo nos esperavam do lado de fora, conversavam calorosamente e o loiro em nada se parecia com o nerd bibliotecário que conheci. Ele estava diferente, tinha os cabelos mais curtos, sem os óculos e a roupa folgada que dava a ele a aparência desleixada, agora trajando uma calça jeans escura, justa ao corpo, moldando suas pernas torneadas e um suéter cinza com uma blusa branca por baixo, com cara de homem bem cuidado e que sabe bem o que quer, e pela forma que ele olhava para a minha amiga deixava bem claro o que ele queria.

A Fera e a Bela [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora