A Fera e a Bela [CONCLUÍDA]

E P Í L O G O

E P Í L O G O

PS: Ouça a musica da mídia <3

Três meses depois...

É a quarta vez só hoje que enfio – literalmente a cara dentro do vaso.

Já estou prestes a pôr as tripas para fora, mas ainda assim continuo vomitando. Hoje faz três meses que voltamos para casa, onde não tinha ninguém para nos receber, apenas os funcionários que foram bem sucintos em apenas nos cumprimentar, desejando felicidades e voltarem aos seus respectivos serviços. Chis foi ao centro da cidade junto com Pierre a procura de um lugar para que ele pudesse abrir a sua construtora, os clientes antigos começaram a voltar, pedindo desculpas e dizendo que queriam ele com seus projetos maravilhosos e inovadores, um mês que ele me fez a mulher mais feliz do mundo, que mostrou o quanto me ama não só com palavras, mas de corpo e alma, que me amou de todas as formas possíveis. E me fez ver que com ele eu posso ser quem eu quiser e que é perfeitamente normal.

Ouço o celular tocar sobre a pia e eu apenas ergo a mão para pegá-lo e o atendo.

— Alô? – Resmungo, no intervalo de um vomito e outro.

Já sentindo o próximo sendo preparado.

Mais que porcaria foi que eu comi?

Meu pai amado!

— Quanta animação dona Valentina! – Agatha reclama do outro lado da linha. —Bom-dia para você também, senhora bom humor! O que houve? O Chris não compareceu?

Reviro os olhos diante de sua piada ridícula.

Uma das coisas mais idiotas quando você se casa são as piadas, elas surgem do nada só para te deixar constrangida, ainda bem que não sofro desse mal.

— Cala a boca sua nojenta. Estou apenas me sentindo mal. – Não vou dizer a ela que estou com a cara atolada no vaso as 9h da manhã, aí seria demais.

— Já foi ao médico? Estamos tendo uma onda de gripe na cidade, vou marcar uma consulta para você e vamos juntas. Já te envio uma mensagem no whats para confirmar o horário. – Dizendo isso ela desliga o celular na minha cara sem nem perguntar o que eu achava.

Essa é a verdadeira Agatha.

Atrevida, intrometida e minha melhor amiga.

Minutos depois o celular vidra no chão indicando que ela acabara de enviar a mensagem. Agatha já conseguiu marcar a consulta, para as 10h 30 min.

Tomo um banho apressado e visto um vestido florido, agradecendo por termos entrado na primavera e não precisar vestir as centenas de roupas de inverno. Calço um par de sapatilhas vermelho, prendo o cabelo em um rabo de cavalo alto e passo apenas um batom para tirar minha cara anêmica, de quem passou a madrugada e boa parte da manhã, vomitando.

Me despeço de Candy na cozinha, enquanto ela organiza a casa e sigo até a garagem.

Chris foi no volvo então, infelizmente, só que não, precisarei ir na BMW X6 dele. Lamentável.

Dirijo pelas ruas tranquilas da pacata Wanderwood com um sentimento diferente dentro de mim, uma sensação nova. Nunca tive medo do novo, na verdade sempre gostei de tudo que era novo e sempre recebi de uma forma boa. Espero que não esteja enganada.

Estaciono o carro em frente ao hospital da cidade, e encontro Agatha já a minha espera na porta de entrada.

Ela vem ao meu encontro com uma cara preocupada, desesperada, na verdade.