Lua de Sangue

2. Minha Agradável Lata Velha

STILES

Eu acordo e a primeira coisa que eu percebo é que eu não estava no meu quarto ...

Abro os meus olhos, tentando acostumá-los a enorme claridade que quase os cegava.

A segunda coisa que eu percebo é a grama alta e, logo depois, as árvores.

Coço a minha cabeça, estico os braços e bocejo, exageradamente.

Me levanto e pisco os meus olhos repetidamente, tendo a confirmação de que eu NÃO estava no meu quarto.

Eu estava em um enorme vale, com campos abertos e grama alta, até onde a vista alcançava.

Giro a cabeça e vejo pequenas e lindas montanhas. Olho para cima e vejo o mais lindo e profundo céu azul, com algumas nuvens, que o deixavam ainda mais lindo.

Todo aquele onírico lugar era extremamente colorido e reconfortante.

E o mais surpreendente de tudo: eu não estava com medo ou raiva.

Eu me sentia extremamente tranquilo e feliz, como não me sentia há muito tempo.

Não estava preocupado ou triste por causa da morte da minha mãe.

Eu sentia o enorme desejo de viver nesse lugar, para sempre.

Que lugar é esse, afinal ?
Será que é ele que está me fazendo se sentir assim ?

Me belisco e sinto dor.
Eu não estava dormindo.

Aquilo era real demais para ser um sonho.

Ando pelo lugar, passando minhas mãos na grama alta e nas lindas flores que ali estavam, sentindo o leve toque de cada uma delas.

Entro dentro da floresta, feita de enormes árvores, com flores por toda parte.

Um pequeno ser vem até mim. Era amarelo claro, tinha asas que batiam repetidamente e parecia ser uma pessoa em miniatura.

Sempre que suas asas batiam, um leve pó colorido saia por elas.

Aquilo me deixa ainda mais encantado com a riqueza e diversidade daquele lugar.

- Oi ... - Falo, impressionado. - ... eu sou o Stiles. Você sabe onde eu estou ?

O que era aquilo ?
Uma fada ?

Estou andando pelo lugar mais lindo que eu já vi e esbarro com a Sininho ?

Independente de quem ou que aquilo fosse, ele parecia tão surpreso quanto eu por eu estar ali.

Sem dizer nada, ele voa, voltando para o alto dos árvores.

- Foi um bom papo ... - Falo, sarcástico.

Ando pelo lugar, passando pelas árvores e absorvendo mais um pouco de toda aquela paz e tranquilidade, quando encontro mais duas pessoas.

Bom, não eram exatamente pessoas. Disso eu tinha certeza.

Eram claramente anjos.

Os dois eram inexplicavelmente lindos e brilhantes, e tinham enormes asas brancas e ... também pareciam surpresos por eu estar ali.

- Ele pode nos ver ? - A garota arregala os olhos e pergunta para o outro.

- Sim, ele pode. - O anjo fala, surpreso. - O que ele está fazendo aqui ?