Lua de Sangue

7. Quase Morro (De Novo) ...

SCOTT

Olho para o Deaton, absorvendo aquela notícia.

- Vampiros ? - Falo, sem acreditar. - Vampiros que ... bebem sangue ?

Derek, de braços cruzados, olha pra mim, de um jeito bem "Derek".

- Sério ?

- Eu só estou meio surpreso. - Justifico. - Nós enfrentamos tanta coisa nos últimos anos e, agora ... vampiros.

- Não é uma coincidência. - Derek responde. - Eles vieram atrás de um garoto. O filho do xerife.

- Por que ? - Deaton pergunta.

- Tem alguma coisa a ver com uma Lua de Sangue. - Ele continua. - O Stiles também é um ser sobrenatural. E parece que o poder dele só pode ser retirado durante o tempo que essa lua estiver no céu.

Deaton baixa o rosto.

- Faz sentido.

- Como assim ? - Pergunto.

- Segundo algumas lendas, a Lua de Sangue tem o poder de enfraquecer todos os seres sobrenaturais, independente do quão fortes forem as suas defesas. - Deaton explica. - Isso vale para vampiros. Lobisomens. Qualquer ser. O que também parece incluir o que quer que seja esse garoto.

- Temos que saber o que ele é, antes de fazermos qualquer coisa. - Derek fala. - E tirar ele de Beacon Hills, o mais rápido possível.

- Temos que protegê-lo, Derek. - Falo. - O Stiles é meu amigo. Não importa se tirarmos ele de Beacon Hills. Enquanto essa lua estiver no céu, ele sempre vai estar em perigo, independente do lugar em que estiver.

- Não dá pra proteger todo mundo, Scott. - Ele responde, me olhando.

Olho pra ele.

- Mas eu posso tentar.

Deaton avalia o corpo, mais uma vez.

- Deve haver um clã de vampiros, escondidos em algum lugar da cidade. - Ele fala.

- Todos as mortes e desaparecimentos aconteceram de noite. - Derek fala. - Eles devem ficar escondidos em algum lugar, durante o dia.

- Nós vamos encontrá-los. - Falo. - E destruí-los, antes da Lua de Sangue.

Deaton nos olha.

- Informações sobre vampiros são bem difíceis de conseguir. Muitas armas podem ou não serem usadas. Estacas. Crucifixos. É difícil saber o que os afeta realmente e o que não os afeta.

- Verdade. - Falo, de braços cruzados. - Não dá pra saber se eles queimam na luz do sol ou se brilham.

Derek esconde o rosto na mão, enquanto Deaton me olha.

- Nem tudo o que está nos filmes e nas séries se aplica à realidade, Scott. Mas você tem razão. Antes de saber quantos eles são e onde estão, precisamos saber como lutar contra eles. - Ele responde. - Antes que os corpos comecem a aumentar.

Olhamos para o cadáver da pobre menina.

Tão jovem.
Com toda a vida pela frente.

Morta por uma casualidade do destino. Assim como a Allison ...

Eu não podia deixar essa história se repetir, com mais ninguém.

- Eu preciso enterrar ela. - Falo.

Derek me olha.

- Não é melhor deixar na floresta e deixar que o xerife e os policiais achem ?