"O sobrenatural pode vir dos lugares mais inusitados ... até mesmo de um menino pálido e sarcástico, com 60kg de ossos frágeis.
Stiles Stilinski é um adolescente aparentemente normal, que ainda tenta se reerguer após uma tragédia, enquanto investiga...
Abro a geladeira, tentando não fazer muito barulho, e coloco o leite em uma pequena bandeja.
Pego 6 pães e algumas frutas, porque eu nem sei do que ele gosta, afinal de contas.
Pego uma maçã para mim e ando pela casa, levando a bandeja e tentando não pisar muito forte no chão de madeira.
Subo a escada, devagar, e ando pelo corredor, dando de cara com o meu pai quando estou quase entrando no meu quarto.
- Stiles.
- PAI ! - Grito com o susto e quase deixo a bandeja cair. Olho para o meu pai, que estava surpreso com o meu ataque. - Ah. Oi, pai.
- Oi. - Meu pai me olha, já arrumado para o trabalho. - Tudo bem ?
- Tudo, tudo. - Falo, quase tremendo. - Tá tudo ... na mais perfeita paz. Suave.
Meu pai olha para a bandeja na minha mão e levanta a sobrancelha.
- Tem uma garota aí dentro do seu quarto ?
- Er ... - Engulo em seco, olhando para ele. - ... não exatamente.
Meu pai suspira.
- Preciso ir para a mansão agora, investigar a causa do incêndio. - Ele fala. - Que bom que você conseguiu sair a tempo daquela festa, antes que a casa pegasse fogo.
- É. - Falo, com os olhos arregalados, lembrando de tudo o que aconteceu ontem. - Que bom, né.
- Escuta ... você viu aquele tal de Derek Hale ? - Meu pai pergunta. - Parece que ele foi visto. Ele é um dos suspeitos de ter provocado o incêndio.
Meu sangue literalmente para de correr, formando um engarrafamento nas minhas veias.
- Não. Eu não vi ele. - Falo, nervoso. - Eu não falo muito com o Derek. Ele é mais amigo do Scott e da Malia. E eu acho QUE ELE ME ODEIA.
Posso até ouvir Derek bufando por trás da porta do meu quarto.
- Que bom, então. - Meu pai fala. - Se você vir esse Derek, me avisa. Eu tenho perguntas para fazer a ele.
- Ah, pode deixar. Eu aviso. - Falo, quando o meu pai começa a se afastar. - Tenha um bom dia no trabalho. Dirija devagar.
Ele me olha, confuso, enquanto desce a escada, e vai embora.
Abro a porta do quarto, de costas, ainda olhando para a escada, como se o meu pai fosse brotar de lá, repentinamente.
Entro no quarto, rapidamente, e fecho a porta, dando de cara com o Derek Hale, ameaçador como sempre, ainda vestindo o que tinha sobrado da sua roupa.
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Derek me imprensa contra a porta e aponta o dedo para a minha cara.
