20. Um Vampiro e um Vira-Lata Entram No Zoológico

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STILES

Coloco o caderno na mochila, ainda me sentindo estranhamente otimista com o rumo da minha vida, o que é muito raro.

Fecho o zíper e desço a escada, encontrando o meu pai na cozinha.

- Stiles.

- Pai. – Falo, ficando parado perto da porta.

Ele me olha, surpreso, já arrumado para ir para a delegacia.

- Não vai ir para a escola ?

- É, eu estou esperando ... a minha carona. – Falo.

- Tem algum problema com o jipe ? Achei que você já tivesse consertado os danos.

- Eu consertei. – Falo. – Mas hoje ... a Lydia quer me levar para a escola.

Meu pai me olha, em silêncio.

- Quem é Lydia ?

Umedeço os lábios e sacudo a cabeça, positivamente, tendo plena noção de que as palavras que sairiam da minha boca mudariam minha vida, para todo o sempre:

- Ela é a minha namorada.

Meu pai fica em silêncio, nem sabendo como reagir.

- Namorada ?

- Sim. – Falo. – Uma namorada. Mulher. Bem feminina. E humana.

- Você está namorando? – Ele pergunta, ainda incrédulo.

- Eu mesmo.

Meu pai arregala os olhos e suspira, absorvendo a notícia.

- Meus parabéns, filho.

- Eu aceito de coração. – Falo, sarcástico.

- Há quanto tempo vocês estão namorando?

- 1 dia. – Seguro a mochila, com força. – Acho que já estou fazendo ela desistir de mim.

Meu pai e eu ficamos em silêncio, até que ouvimos uma buzina.

Abro a porta e vejo Lydia saindo do seu carro superluxuoso, olhando com um leve e descarado desdém para o meu jipe.

- Xerife Stilinski. – Lydia estende a mão, chegando até a porta. – Meu nome é Lydia Martin. E, sim, eu estou namorando com o seu filho.

O meu pai aperta a mão dela, ainda mais incrédulo.

Concordo com a cabeça.

Porque isso estava acontecendo MESMO.

Eu, Stiles Stilinski, tinha uma namorada.

Ela não respirava, curtia sangue humano e tinha uma força super-humana, mas parecia estranhamente atraída pelo meu corpo pálido e personalidade única.

- Vocês estudam juntos? – Ele pergunta.

- Sim. – Lydia fala. - E temos que ir para a escola agora. O Stiles precisa se preparar para o jogo, hoje à noite.

- Você vai, não é? – Pergunto para o meu pai.

- Sim. Claro. Eu não perderia isso por nada. – Ele responde.

Lydia me olha e eu olho para ela.

- Bom ... tchau, pai.

- Tchau. – Ele se despede, ainda surpreso.

Ando com Lydia na direção do carro dela, dando um leve tchau para o meu jipe.

- Ainda não entendo o seu preconceito com o meu possante ... – Falo, quando já estamos dentro do carro.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora