32. Um Final Infeliz

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ALLISON

- Você ! - Uma mulher se aproxima, me puxando pelas minhas roupas decrépitas roupas. - Foi você ! É tudo culpa sua !

- Eu não sei do que você está falando. - Respondo, completamente esgotada com aquela sucessão de eventos.

A mulher me empurra e eu caio na lama, fraca demais para me levantar.

Suspiro, sabendo que deveria ser a milionésima vez que ela fazia isso comigo.

Essa mulher deveria achar que eu causei um dano irreparável durante a época que ela esteve viva. Sendo que ela estava usando um vestido do século 19.

Assim, os intermináveis dias e noites na Dimensão Intermediária continuavam.

Sem mudanças.
Apenas sofrimento.

Rastejo pela lama e chego até uma grande rocha, me encostando ali sentindo a costumeira atmosfera tóxica e debilitante desse lugar.

Permeneço de olhos fechados, desejando me desprender desse lugar. Mas eu tenho um tempo certo de permanência no mundo dos vivos.

Eu esgotei esses poucos minutos ficando perto do Scott no baile. E avisando ao Stiles que a alcateia estava chegando, quando ele estava amarrado no Nemeton. (CAPÍTULO 31)

Não havia outra solução.
Não havia esperança.
Não havia nada, além do vazio.

Ouço um alto barulho, como se o tecido da realidade tivesse acabado de se romper.

Abro os olhos, lentamente, vendo uma intensa luz dourada descer pelas nuvens carregadas da Dimensão Intermediária.

Os condenados a observam, maravilhados.

Essa luz dourada assume uma forma humanóide e as asas desaceleram seu movimento, facilitando o pouso.

Os pés do garoto atingem o terreno pútrido, suavemente, enquanto todos olham para ele.

O garoto estende suas asas brilhantes, douradas e translúcidas, o que faz todos os condenados quererem se ajoelhar.

Ele recolhe as asas e anda em meio à nevoa, a afastando com a luz que emanava do seu corpo.

Os condenados estendem suas mãos, querendo tocá-lo, enquanto o garoto passa por eles.

- Você é um anjo.
- Por favor, me tire daqui.
- Me leve com você.

Surpreendentemente, ele vêm na minha direção, enquanto eu ainda tentava compreender o que estava vendo.

O garoto fica parado na minha frente e eu pisco os olhos, lentamente.

- Stiles … ?

Ele me olha, com os seus intensos olhos dourados.

Sem dizer nada, Stiles estende sua mão, querendo me ajudar a levantar.

Olho para Stiles, confusa.

Consigo fazer minha mão reagir e seguro a dele, sentindo sua energia positiva e fortalecedora, na mesma hora.

Me levanto e olho para Stiles, sem palavras.

- O que … ? - Tento falar. - Como ... ?

- Eu prometi que tiraria você daqui, não é ? - Ele responde, levemente sarcástico.

Eu mal sabia reagir.
Eu mal sabia o que dizer.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora