sept ❇ 1 hour and a half

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𝙜𝙞𝙨𝙚𝙡𝙡𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙝𝙖𝙢𝙥𝙨

— Oi, pai... — entro em casa, deixando meu casaco num cabide e o vendo lendo um jornal e tomando um gole de café, numa xícara preta.

Ele usava um terno preto, o que avisava que daqui a pouco sairia para o trabalho e voltaria dez e meia da noite. A oportunidade perfeita.

— Olá, Giselle. — ele me olha brevemente e dá um quase sorriso inexistente — Como foi o primeiro dia de aula?

— Hum, bom. — flashbacks de eu cantando com G passam em mim mente me fazendo sorrir, mas disfarçar rapidamente vendo o olhar desconfiado de meu pai.

— É difícil como nas escolas do Quebec? — ele pergunta da nossa cidade natal, onde cresci entre o inglês e o francês.

— Sim, mas não temos aulas de francês como temos de inglês lá.

— Não tem problema, certo? — ele se levanta e vem até mim — Você já é fluente, c'est ça?

Oui, papa. — sorrio.

— Vou indo, Giselle. — ele leva a caneca até a pia e pega sua maleta, chaves e enfim abre a porta do apartamento.

— Até... — ele a fecha sem se despedir — mais.

Suspiro, indo até meu quarto e trocando de roupa, colocando uma mais confortável e em seguida, tiro meu material de trigonometria da bolsa e decido fazer os inúmeros exercícios na varanda, já que o sol não estava forte e não ventava tanto.

Depois de duas horas, eu finalmente havia acabado toda lição e vejo em meu celular, exatas 5:24pm e de acordo com meus cálculos, eu tinha uma hora e meia até que o céu ficasse totalmente escuro.

Uma hora e meia para refazer um quadro que levou uma semana e foi estragado por um garoto de 17 anos caindo na minha varanda.


d

esculpem pelo capítulo pequeno

francês/frança = tudo pra mim

sOMOS 2K YEAHHHHHHH

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora