quatre ❇ video games

6.5K 505 90
                                    

𝙩𝙝𝙞𝙧𝙙 𝙥𝙚𝙧𝙨𝙤𝙣

— Hey, cara, espera ai! — o loiro, mais conhecido por Johnson, literalmente pulou no carro de Jack e ele se bateu mentalmente por escolher um carro sem teto. Maldita moda.

— O que aconteceu com seu carro? — o moreno pergunta virando a chave, ligando o veículo.

— Castigo. — ele explica em poucas palavras.

— Pelo o quê?

— Destrui o jardim do prédio sem querer. — Gilinsky acaba por rir, Johnson era péssimo quando o assunto era: jardim no meio de dois muros — Não ria, ok? Prometi a minha mãe que pararia de fazer parkour.

— E você vai?

— Até ela devolver meu carro, vou. Vai ter que agir sozinho.

Gilinsky acaba por sorrir, lembrando de Giselle. Era bom "agir sozinho" quando o assunto era ter a garota por perto.

Acontece que a de cabelos claros não saiu da mente de Gilinsky a noite inteira e nem o moreno saiu da mente da Deschamps. Era como um vício.

JJ nem perguntou o motivo do braço torcido do melhor amigo, já que aquela não era a primeira vez e ele sabia muito bem como havia feito.

Conversaram mais um pouco e infelizmente avistaram a escola, diversos alunos na frente conversando e alguns até fumando escondido.

— Seja bem-vindo ao seu Inferno particular. — JJ diz, saindo do carro assim que ele é estacionado.

— Muito obrigado, me sinto honrado. — ambos riram.

Os dois Jacks foram para uma mesa que tinha do lado de fora, onde estava todos os seus amigos e Gilinsky se sentou no meio, fingindo prestar atenção no que diziam, mas sua cabeça estava apenas naquela garota. Por que ela está mexendo assim com ele?

— G, quanto tempo! — ele ouve a voz feminina que aguentou por cinco meses enchendo o saco.

— Madison... — diz nada interessado. Suas típicas calças jeans apertadas

— Eu queria saber se você quer me ajudar a organizar o baile de outono, quer? — Beer ia tagarelando o quanto seria legal, mas assim que aquela garota saiu do carro nada mais importava do que olha-la para Jack.

Jeans velhos, moletom azul escuro, All Stars e os olhos castanhos.

— Você está ouvindo, Jack? — a de olhos verdes pragueja.

— Sim, estou, eu concordo. — ele diz qualquer coisa e corre até a garota que estava no meio do pátio, olhando um papel, totalmente concentrada — Elle! — a mesma olha para frente e abre um enorme sorriso ao vê-lo — Não sabia que estudava aqui.

— É claro que eu viria para cá, é a única escola da cidade. — ela revira os olhos, ainda sorrindo.

— Você está bem? — ele pergunta.

— Sim, mas e você? O braço ainda dói? — a conversa dos dois era automática, era como se conhecessem a anos e soubessem tudo um do outro. Isso causava inveja nas garotas e atraia a atenção dos garotos, uma novata conversando com Jack Gilinsky?

— Um pouco, mas nada de mais. — ele responde — Quer que eu te apresente a escola? Eu faço um ótimo tour.

A garota riu levemente e assentiu, começando a andar por dentro com ele ao seu lado. Jack ia narrando tudo e a apresentando a alguns amigos que viam falar com ele, a maioria ela se deu muito bem.

Mostrou o pátio, o refeitório, as salas, a secretária — que a mesma pegou seu horário e a combinação do armário — e por fim chegando ao corredor que Gilinsky sabia que Giselle amaria.

— Essa é a melhor biblioteca que eu já vi. — ela diz, vendo a diversidade de livros nas estantes — Na minha outra escola só tinha livros sobre biologia, mas aqui tem sobre tudo. — ela ri baixo.

— Bom, é o santuário dos nerds. — ele diz e a garota o olha semi-cerrando os olhos.

Ela não podia discordar, ela era uma nerd. Amava ver no final dos bimestres seu A+, adorava ir à biblioteca da cidade ler algum romance e ser adorada pelos professores.

— Gosta de música, Giselle? — pergunta Gilinsky, enquanto eles saem daquela enorme sala.

— Existe alguém no mundo que não gosta? — ela devolveu a pergunta.

Jack então abriu lentamente a porta na frente da biblioteca, dando de cara com uma sala anti-som e diversos instrumentos musicais, mas o único que chamou atenção de Elle foi o piano no meio da sala.

Quando tinha seus onze anos, a mãe da Deschamps, Natalie, também tinha um e cantava todos os dias para a garota, mesmo quando descobriu seu câncer, cantou até seu último segundo para a filha. A garota de olhos castanhos morria de orgulho de sua mãe e encarava sua morte como um alívio. Natalie sofreu demais, ela merecia paz.

— Um piano... — ela diz admirada, indo até ele e tocando as teclas em uma melodia aleatória.

— Sabe cantar? — Gilinsky pergunta.

— Um pouco, conhece Video Games? — o moreno agora se perguntava agora quantos talentos ela tinha.

Sabia pintar, desenhar, tocar violino, piano, cantar... o que mais?

Jack pegou um violão no canto da sala e se sentou perto de Giselle, logo começando a contagem regressiva. Os acordes do violão soaram e em seguida a Deschamps tocou as teclas do piano, criando, ambos, uma melodia suave.

Gilinsky, então começa:

Swinging in the backyard, pull up in your fast car whistling my name. Open up a beer and you say get over here and play a video game.

Giselle estava admirada com a voz dele, não sabia que o mesmo cantava tão bem. Deschamps fez um sinal ao garoto que cantaria agora e então sua voz suave soou na sala silenciosa:

I'm in his favorite sun dress, watching me get undressed take that body downtown. I say you the bestest, lean in for a big kiss put his favorite perfume on. Go play your video game.

It's you, it's you, it's all for you. Everything I do, I tell you all the time. Heaven is a place on earth with you. Tell me all the things you want to do. I heard that you like the bad girls honey, is that true?. It's better than I ever even knew. They say that the world was built for two. Only worth living if somebody is loving you. Baby now you do. os dois cantaram em uníssono e suas vozes combinavam perfeitamente, eles dariam uma ótima dupla.

E ali mesmo, eles terminaram a música ao ver que muitos adolescentes passavam pelo corredor, avisando que o sinal havia batido.

— Você canta bem, Jack. — Elle o elogia, pegando sua mochila.

— Você também, Giselle. — ambos sorriem — No intervalo, vou estar no refeitório, nos vemos lá.

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora