huit ❇ do you speak french?

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𝙟𝙖𝙘𝙠 𝙜𝙞𝙡𝙞𝙣𝙨𝙠𝙮

Entrei mais uma vez na conversa de Giselle, vendo que a mesma estava online a uma hora atrás. Será que ela se esqueceu da "festa"?

Talvez eu estivesse um pouco pirado com ela, mas nenhuma garota mexeu tanto com a minha cabeça em tão pouco tempo quanto essa garota de olhos castanhos.

Reviro os olhos, suspirando e guardo meu celular no bolso.

— Eu vou na casa do Johnson, ok, mãe? — minto sorrateiramente, indo em direção a porta.

— Mas... — antes dela responder eu já tinha saído de casa.

O elevador parecia demorar uma eternidade, e quando ele chegou, apertei o botão do térreo, esperando mais alguns segundos até chegar lá.

Ao adentrar o prédio de J e Elle, subi no último andar, fazendo o mesmo caminho até sua varanda, em passos rápidos e cuidadosos — para não cair novamente.

Vejo de longe seu cabelo loiro tingido preso em um coque e em sua mão esquerda uma paleta de cores e na direita, um pincel, pintando uma tela.

Psiu. — sussuro alto para ela ouvir. Nada. — Giselle.

Ela olha para os lados e para trás, mas nada para cima. Além de surda é cega.

— Giselle! — digo mais alto e ela olha finalmente para mim, segurando uma risada — Oi.

— Jack? — ela deixou as coisas na mesa e se levantou — Por que não tocou a campainha?

— Seu pai não está em casa? — pergunto, confuso.

— Ele trabalha essa hora. — ela colocou a mão em sua testa, tirando o sol de seus olhos e sorriu — Pode descer, parkoureiro.

Dei um pulo, caindo desajeitadamente por culpa de ter só um braço realmente bom.

— Como está o braço? — ela toca delicadamente ele, o analisando. Só então vejo sua bochecha suja de tinta cinza quase preta.

— Está melhor, já estou acostumado com isso. — rio levemente, ainda analisando a tinta.

— Que bom. O que faz aqui?

— Não é óbvio? — arqueio uma sobrancelha.

— Você não acha que se fosse, eu saberia? — ela faz o mesmo.

— Céus, Giselle. Aquela mini-festa. — a explico.

— Ah, verdade. — ela suspira — Não sei, não, Jack...

— Vamos, Elle! Vai ser rapidinho. Eu prometo que antes do seu pai voltar, nós já vamos ter chegado...

Seus olhos percorrem por todo meu rosto, analisando meus traços e então ela dá um pequeno sorriso.

— Dez horas temos que estar aqui. Nem um minuto a mais! — ela aponta para mim e entra dentro de seu apartamento — Vou tomar banho, fica a vontade.

E então eu "fiquei a vontade" por meia hora — o que não era nem um terço do que eu esperava Madison se arrumar —, quando a castanha apareceu na sala.

Short jeans, um moletom estilo cropped vermelho e all star cano altos.

— Não me diga que é algo mais formal... — ela diz decepcionada por ter se arrumado inteira.

— Não! Quer dizer, você está perfeita. — digo e sorrio, vendo suas bochechas ficarem levemente vermelhas — Vamos?

— Claro!

Então saímos do seu apartamento, descemos até à garagem trocando algumas palavras e entramos no carro.

— Onde é essa festa? — Giselle pergunta quando saímos do edifício.

— A algumas quadras, e não é uma festa.

— Me esqueci que é um "encontro de amigos". — ela repetiu minhas palavras de mais cedo e riu, me fazendo rir junto.

Dirigi calmamente até a casa de Taylor e parei a alguns metros de sua casa. Saímos e pude ouvir abafadamente a música animada que tocava.

Na porta, como sempre, adolescentes fumando, bebendo, se beijando ou simplesmente conversando.

Abrimos a porta, vendo as centenas de jovens bêbados, gritando. Senti a mão de Giselle se entrelecar na minha na tentativa de não se perder, onde seu olhar curioso olhava para cada detalhe da casa, me fazendo sorrir.

— Nunca veio a uma festa? — pergunto próximo ao seu ouvido, a vendo me olhar.

— Não assim. — ela responde alto.

— Vamos, quero te apresentar a alguém. — puxo-a delicadamente entre as pessoas até o meio da sala, onde vejo sentada no sofá conversando com as pessoas Taylor Canstroff e April Martin.

— Olha quem veio! — a de olhos azuis diz, chamando a atenção das pessoas a sua volta — E trouxe companhia. Sou Taylor Canstroff e essa é a April Martin.

Elas estenderam a mão à Giselle, sorrindo.

— Giselle Deschamps. — ela as apertou.

— Sentem aí. — April apontou para uma mesa central, onde nos sentamos. Ela era resiste o suficiente para nos aguentar. — Você sumiu, G.

— Eu sempre estive aqui. Vocês que não pararam quietas as férias inteiras.

— Ah, para de graça! — Tay diz e se vira para Elle — Então, Gi. Veio de onde?

— Quebec, Canadá.

— Eu ouvi Canadá? — Shawn apareceu, se sentando no braço do sofá — Sou Shawn, de Toronto. Você fala francês?

Oui. Minha mãe era francesa e meu pai canadense, os dois foram morar juntos em Quebec onde falávamos os dois.

— Fala alguma coisa então. — acabo por rir do entusiasmo do menino Mendes em relação a isso.

Que veux-tu que je dise?

Nem preciso dizer o quão sexy é Giselle falando em francês, certo?

— Caralho, que legal. — Taylor diz — Já foi para a França?

— Algumas vezes, ver meus avós no Natal.

A cada palavra que saí da boca da Deschamps, sua me surpreendo cada vez mais. Como isso é possível?

— Quer alguma bebida, Elle? — pergunto a ela que nega, alegando que não pode beber álcool — Nem água?

Ela pensa por dois segundos e assenti, se levantando e eu faço mesmo, puxando gentilmente sua mão até a cozinha que havia um casal se beijando e algumas pessoas bebendo.

Abri a geladeira, vendo uma garrafa de água e enchi um copo para Giselle e peguei uma garrafa de whisky para beber.

— Hum, Jack?

— Sim? — a olho.

— Tem certeza que vai beber? É porque você que está dirigindo e eu não tenho mais carona, esqueceu? — ela parecia meio receosa e nervosa, já que mexia em seu cabelo sem parar.

— Você tem razão. — sorri levemente, deixando o copo em cima do balcão — Quer dançar?

— Claro. — ela abriu um sorriso.


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eu deus quase 1.000 palavras

obrigada pelos 3k ♡

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora