cinq ❇ good liar

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𝙜𝙞𝙨𝙚𝙡𝙡𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙝𝙖𝙢𝙥𝙨

O terceiro sinal tocou, fazendo todos da aula de trigonometria se levantarem rapidamente e saírem correndo daquela aula chata e entediante.

Eu poderia até me denominar "nerd" e gostar de ser adorada pelos professores, mas nem sempre eu gostava deles. Um exemplo é o professor de trigonometria que achava que éramos maquinas que aprendemos em um minuto.

— Mr. Gary? — o chamei e o mesmo me olhou, esperando continuar — Você disse que as atividades são para a próxima aula, mas você passou quase quatro páginas para amanhã.

— E?

— Eu vou estar um pouco ocupada o resto do dia e não sei se vou ter tempo de fazer todas. — eu tinha um quadro para refazer, já que um garoto caiu na minha varanda e me fez o borrar e era um ótimo quadro.

— Acho que nada é mais importante do que fazer os exercícios de trigonometria. — ele piscou com um sorriso irônico e segurei a vontade de revirar os olhos.

Saí da sua sala e fui em direção ao meu armário, guardando quase todo meu material e indo ao refeitório.

A fila estava um pouco comprida e eu teria que esperar dezenas de adolescentes até conseguir pegar minha comida, mas nada fora do normal.

Minutos depois peguei meu almoço e andei em direção a biblioteca, onde me sentei em uma das cadeiras e peguei o livro e o meu caderno de trigonometria.

— Você é realmente uma nerd, Deschamps. — ouço a voz do meu único amigo nessa escola inteira e olho para trás, vendo ele com uma saco marrom de lanche e se senta ao meu lado — Por que não está no refeitório com todos?

— Ah, o Mr. Gary passou mil e uma lições para amanhã e eu não sei se terei tempo para fazer tudo. — revirei os olhos — E por que você não está com seus amigos populares? — mordo um pedaço do lanche natural, vendo ele sorrir.

— Eu não sou popular, Giselle. — arqueio uma sobrancelha e ele suspira — Eu só conheço muita gente.

Acabo por soltar uma risada, sendo xingada por uma das outras pessoas pelo barulho e logo fico séria.

— Eu queria saber se você quer ir na casa de um amigo meu, umas sete horas? — Gilinsky sussura, rindo baixo.

— Não? Eu mal te conheço, Jack, e nem sei quem é seu amigo. — digo no mesmo tom.

— Pensei que fôssemos amigos. São só alguns amigos reunidos, vamos lá.

A curiosidade começou a bater em minha mente, afinal eu nunca sai de verdade por meu pai ser muito protetor depois da morte da minha mãe.

— Meu pai nunca deixaria. — digo normalmente, colocando o canudo no suco de laranja de caixinha.

— Eu sei que você é uma ótima mentirosa, Giselle.

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora