trente-deux ❇ nurse

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𝙜𝙞𝙨𝙚𝙡𝙡𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙝𝙖𝙢𝙥𝙨

Ele me amava. Também. Ele me beijou. De novo.

Minha cabeça estava apenas virada para o garoto que caiu na minha varanda semanas atrás e eu quase o bati com um taco de beisebol. E agora eu estou totalmente apaixonada por ele.

A que ponto eu cheguei? A que ponto eu cheguei em só querer ficar junto dele, jogando conversa fora e ficar toda boba com seu sorriso?

Nunca pensei que ficaria apaixonada por alguém aqui em LA. Na verdade, não sabia nem que faria alguma amizade, mas todas as minhas expectativas foram superadas.

— Você está me ouvindo, Giselle? — balancei minha cabeça, afastando os pensamentos e olhei meu pai. Por mais que ele tentasse disfarçar, sua cara de cansaço era evidente. Era isso que longos turnos num hospital causa.

— O quê? — digo confusa e ele revira os olhos.

— A nova enfermeira não fica quieta. Nunca vi alguém tão tagarela e barulhenta. Se atrapalhou até para para preparar um paciente para a cirúrgica. — e claro, quando ele não está no trabalho, ele está falando sobre o trabalho.

— Hum... — digo, fingindo interesse — Ela ainda é nova, está se habituando ainda. Tenha paciência.

— Eu tenho paciência, só não gosto de gente que fala muito. — ele murmurou.

— Você viu o filme que vai passar? Aquele da ligação perdida? Parece ser legal. — mudei de assunto, tentando não ficar falando mal de uma mulher que eu nem sequer conhecia.

— Isso me lembra que eu preciso fazer uma ligação. — ele se levantou do sofá, pegando seu celular e foi para a cozinha, me deixando sozinha na sala novamente.

Suspirei pesadamente. Eu sentia tanta falta de ter uma conversa decente com meu pai.


odiei esse capítulo

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora