quatre-vingt-sept ❇ pandora ring

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𝙩𝙝𝙞𝙧𝙙 𝙥𝙚𝙧𝙨𝙤𝙣

Desde que aquele incidente aconteceu com Jack e Giselle, ele sente que a Deschamps ficou mais tensa e até arrisca dizer que ela perdeu um pouco de sua confiança nele e só Deus sabe que essa era a última coisa que ele queria.

Por exemplo, agora, onde eles caminhavam pelo parque em algum lugar na Provença e nenhum dizia nada. Nem uma palavra. Gilinsky não sabia ao certo se era um silêncio desconfortável ou apenas um silêncio preenchido de pensamentos. Talvez fosse os dois.

— Giselle. — ele segura na mão da garota a fazendo parar e o olha-lo. Seus olhos castanhos brilhavam e suas bochechas estavam rosadas pelo frio e toda vez que ela respirava uma vapor quente saia de sua boca. O pôr-do-sol também ajudava aquela cena ser inesquecível aos olhos de Jack — O que você queria dizer com "feita de idiota novamente"?

Ele se referia a discussão de algumas horas atrás. Giselle sorriu de lado e suspirou.

— Quando eu tinha catorze anos, eu conheci um garoto. Ele era fofo e um anjo. Bem, até eu apresentar ele para a Emma e ela beija-lo. — ela diz e ri. Dizendo em voz alta era algo tão engraçado para a Deschamps — Eles mentiram para mim por quase uma semana, até eu os ver juntos.

— E você perdoou ela? — ele perguntou surpreso.

— Bem, eu tinha apenas catorze e eu morava a poucas ruas dela. Sempre via Emma em casa ou na escola. Não era muito fácil ficar brigada com ela. — Gilinsky assenti pensativo.

— Sinto muito por fazer você passar por isso. Eu não devia ter ido ajudar a ela. — ele entrelaça os dedos deles e dá um beijo na mão de Giselle.

— Sabe, esse deveria ser meu pior Natal mas por algum motivo não é. E eu estava pensando em milhões de motivos para tal coisa e eu só consigo pensar em você. Sem você eu estaria totalmente entediada e ao lado de alguém que não me faz mais bem. — ela abre um pequeno sorriso.

— Isso é tipo um "obrigado" para covardes? — ele perguntou e ambos riram. Jack colocou uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha e deu um beijo em sua testa — Eu quero te dar algo.

Seus olhos curiosos seguem sua mão que vai até o bolso de sua calça e tira de lá uma pequena caixinha de veludo branca e ele vê Giselle abrir um sorriso enquanto seus olhos brilharem.

— Jack... — ela diz, olhando seu rosto e em seguida a caixinha que ele abre revelando um anel prata com uma jóia da mesma tonalidade — Um anel da Pandora... — ela repete para si mesma surpresa. Talvez nem ela imaginasse que algum dia iria ganhar um anel daquela marca.

— Eu comprei isso antes de virmos, em LA ainda e ia te dar ontem a noite, mas com tudo eu não consegui. Eu sei que o que temos é sério e nós sabemos disso, mas eu quero oficialmente oficializar as coisas. — ele diz e abre um sorriso, vendo as lágrimas nos cantos dos olhos de Giselle.

— É... lindo. — ela responde um pouco sem palavras e estende sua mão direita, vendo ele colocar em seu dedo anelar — E a sua? — ela pergunta e vê ele tirar da bolsa do seu casaco uma aliança assim como a dela, só que sem a pedra e assim ela coloca em seu dedo anelar também.

Gilinsky coloca suas mãos na bochecha de sua namorada e faz carinho com seu polegar, limpando uma das lágrimas de Giselle.

— Obrigada. — ela abre um sorriso e ele dá um pequeno beijo em seus lábios — Eu vou te amar até o meu último suspiro, Jack Finnegan Gilinsky.

E eu vou te amar até depois do meu último suspiro, Giselle Marie Deschamps. — ele responde rindo e junta novamente seus lábios em um beijo.

Realmente Jack e Giselle eram almas gêmeas.

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora