soixante-neuf ❇ prom king and queen

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𝙜𝙞𝙨𝙚𝙡𝙡𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙝𝙖𝙢𝙥𝙨

Me olhei pela milésima vez no espelho, da cabeça aos pés, cada detalhe visível do meu corpo naquele momento.

A seda do meu vestido vermelho era chamativa, mas ao mesmo tempo simples e resaltava cada curva do meu corpo de uma forma que me deixava confortável dentro dele. Nos pés, um salto igualmente vermelho que mostrava os dedos dos meus pés pintados de uma cor neutra o qual os fiz na noite passada. Minha maquiagem era uma sombra marrom nos olhos, com um delineado e máscara para cílios, iluminador e meus lábios um pouco mais avermelhados que normalmente são. E em meu pulso, a pulseira com rosas que Gilinsky havia me dado ontem, quando me chamou para o baile.

Eu estava bonita, mas ainda sim, faltava algo.

— Eu não sei, pai... — digo, passando a mão pelo tecido do vestido. Hoje meu pai havia tirado o dia de folga e estranhamente estava cozinhando um macarrão instantâneo para ele. Estava um desastre, mas ele estava tentando — Eu acho que são esses saltos, não acha? Eu vou trocar.

— Espera aí, eu sei o que falta! — meu pai diz empolgado e eu franzo o cenho. Pensei que ele mal estivesse me ouvindo. Ele desligou o fogo e correu para seu quarto, voltando com uma caixa preta nas mãos e um pequeno sorriso nos lábios.

— O que é isso? — pergunto curiosa.

Ele abre a caixa lentamente e com cuidado, mostrando assim um colar de jóias pequenas, delicadas e brilhantes. Aquilo parecia ter sido bem caro pela quantidade de detalhes.

— Quando eu e sua mãe saímos pela primeira vez, eu a levei num restaurante e comprei esse colar à ela. Ela usou apenas uma vez e disse que eu teria que te dar quando você fosse ao seu primeiro baile e eu guardei. — ele diz e coloca aquela jóia em meu pescoço com todo cuidado do mundo, como se qualquer movimento brusco fosse quebra-lá.

— É lindo. — digo, a admirando agora em meu pescoço e estava perfeita. Tudo combinava naquele momento, me fazendo sorrir. — Parece ter sido caro.

— Para um primeiro encontro, foi. — ele riu levemente provavelmente lembrando do dia.

— Obrigada, papai. Por tudo. — digo o olhando pelo espelho e ele sorri de lado.

A campainha toca, nos interrompendo e eu abro um sorriso, sabendo quem estava atrás dela.

— Vou indo. — pego minha pequena bolsa preta, onde estava meu celular, algum dinheiro e um batom — Vou dormir na casa do G como combinamos, ok?

Caminhei em passos rápidos por mais que estivesse com saltos em direção à porta mas parei assim que ouvi meu pai me chamar:

— Giselle. — ele suspirou — Se cuide.

— Eu sempre me cuido, papai. — respondo e viro a maçaneta, vendo os olhos castanhos e o sorriso perfeito que me arrancavam noites de sono e poemas na madrugada.

Assim que Jack colocou os olhos em mim, seu queixo caiu e ele me olhou até os pés e quando voltou ao meu rosto, abriu um enorme sorriso.

— Eu acho que é a coisa mais linda que eu já vi. — ele admitiu e eu ri levemente, colocando minha mão em sua nuca e o puxando para um rápido beijo.

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora