soixante-et-un ❇ long drag

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𝙜𝙞𝙨𝙚𝙡𝙡𝙚 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙝𝙖𝙢𝙥𝙨

O sinal da última bateu e eu suspirei. As palavras de Shawn não saiam da minha cabeça desde a quarta aula e não entendo como fui tão burra em não ver que ele tinha sentimentos por mim.

— Terra chamando Giselle. — April estrala seus dedos em meu rosto e eu balanço minha cabeça, na esperança de afastar esses sentimentos e pego meu material, me levantando — Você está estranha desde ontem. O que houve?

— Shawn e eu... hum, brigamos. — começo a andar pelos corredores, parando no meu armário que era um pouco perto do das meninas.

— Por quê? — Taylor pergunta.

— Temos opiniões diferentes um do outro. — digo e guardo meu material, fechando meu armário com uma certa força — As coisas vão ficar muito estranha entre nós agora, e isso está me estressando muito.

— Tenha controle da situação então, Giselle. — April me aconselha — Conversa com ele com calma e se acertem, se não vocês ainda terão um semestre inteiro para se verem.

Se ele pelo menos falasse comigo sem gritar ou fugir...

— Diga ao Jack que eu vou ir a pé hoje. — aviso e elas concordam.

Em passos rápidos vou até o fundo da escola, me sento numa mureta e tiro um caderno de Artes da minha bolsa, com uma certa agressividade.

— Estresse? — pulo ao ouvir uma voz masculina atrás de mim e suspiro aliviada ao ver Nathan e seu famigerado baseado entre os dedos.

— Você não sabe o quanto. — desabafo e o vejo sentar ao meu lado.

— Isso ajuda. — ele estende seu baseado e eu nego.

— Eu nunca fumei. — digo.

— Por que acha que eu sou tão tranquilo assim, Deschamps? — ele pergunta — Estou te falando, isso ajuda. Uma tragada e você não se preocupa com mais nada.

— O que é isso? — pergunto pegando o baseado e o deixando entre meus dedos.

— Nada muito forte. Só pra descontrair. — ele responde e eu encaro aquilo entre meus dedos — É só fumar.

Que se foda!

Coloco entre meus lábios e dou uma longa tragada, sentindo em segundos minha garganta arder e meu pulmão doer.

Tusso algumas vezes, rindo levemente.

— Você disse que não era forte, Nathan! — soltei mais uma risada.

— Você se acostuma. — ele diz e pega de meus dedos, dando assim como eu, uma longa tragada e solta o ar lentamente, parecendo desfrutar da sensação — Essa não é uma das melhores. Amanhã eu vou trazer outra e se você quiser, eu te ligo.

— E por que acha que eu viria, Maloley? — pergunto, olhando seus olhos levemente vermelhos.

— Por que acha que não viria, Deschamps?


obrigada pelos 60k!!!!!!!

𝗣𝗔𝗥𝗞𝗢𝗨𝗥, gilinsky [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora