Analú
Victor acabou dormindo lá em casa, falou que não queria voltar para a mansão e ter que aturar Danilo bebado e falando merda. Ficamos até tarde conversando e acabei pegando no sono, acordei por volta das 11h50 Victor ainda estava dormindo. Levantei sem acorda-lo e fui para a cozinha preparar o café mas a mesa já estava farta.
Manu: vi que vocês dormiram aqui e pedi para preparar – ela sorrio e Helena ficou agitada quando me viu –.
Analú: vem meu amorzinho – peguei ela no colo e ficamos ali nos namorando e contei tudo para Manu –.
Manu: para, to chocada... – fez uma pausa – mais mana, desde que eu moro aqui conheço Bia e ela nunca aparentou nada.
Analú: ela já é rica né mana, então a cara dela não nega. Nada justifica ele fazer isso.
Manu: e aonde ela está?
Analú: foi pro morro aonde TH mora.
Manu: vai lá?
Analú: preciso ver ela, Bia e sozinha no mundo e isso não é certo.
Manu: tu sabe que essa idéia de você subir aquele morro não me agrada né?
Victor: subi aonde? – saiu do quarto e já estava arrumado –.
Analú: bom dia – dei um sorriso – vou ir ver Bia. Tu quer ir comigo?
Victor: não piso naquele morro nem que me pague.
Analú: uau, que radical você – ri e Manu prendeu o riso – então eu vou lá e depois a gente se encontra. Vamos tomar café.
Victor: já estou de saída – falou indo até a porta – até mais Manu.
Levantei e fui atrás dele, fechei a porta atrás de mim e o mesmo estava esperando o elevador.
Analú: qual o seu problema ?
Victor: porque? Só estou indo pra casa.
Analú: você não querer ir comigo tudo bem, mas não adianta agir desse jeito Victor. A Bia é a minha melhor amiga e ela não merece passar por isso e é culpa do seu irmão por ser tão mesquinho e mimado.
Victor: aí é um problema dele e não meu.
Analú: sim, o problema é dele e você age igual – dei uma risada ironica – parabéns.
Virei as costas e entrei em casa, tomei meu café bem relaxada e fui tomar um banho. Coloquei uma calça e um mocassim e uma blusinha qualquer, peguei um táxi porque não ia da pra subir de carro mesmo. Assim que desci e fui para a entrada um dos vapor de TH estava lá e me reconheceu.
XXX: olha só a novinha do Rodrigo – rimos –.
Analú: não mete essa em.
XXX: tá indo pro TH? Sobe aí que te levo.
Subi e segurei em sua cintura, arrancamos olhares desde o momento em que subi na moto, chegamos até a mansão de TH que aumentou ainda mais e estava bem linda. Era o mesmo lugar em que Rodrigo morava, o mesmo desceu para me atender.
Analú: como ela está?
TH: bolada e chateada, odeio ver ela assim.
Subi as escadas e entrei no quarto de TH que também virou o principal da casa, fui até Bia que me deu um abraço forte e chorou segurei as lágrimas mas era impossível.
Bia: me desculpa por ter escondido isso de ti – falou por fim –.
Analú: tá maluca? Não tem que se desculpar, é tua vida particular amiga – segurei em suas mãos – posso até ser sua modelo da loja – rimos –.
Bia: tu é demais sabia? – nos abraçamos –.
TH: estou atrapalhando? – Falou entrando no quarto –.
Bia: claro que não – ela deu um sorriso bobo –.
TH: pedi pra tia da lanchonete preparar uma feijoada pra gente.
Analú: aí que delícia.
TH: não muda né novinha – rimos –.
Sai do quarto e passei no quarto de Rodrigo, estava intacto e com um cheiro de limpeza tão bom, fui até a varanda e fechei meus olhos lembrando dos nossos momentos, abri quando ouvi passos.
TH: não mudamos nada – falou se aproximando –.
Analú: eu percebi – rimos –.
TH: logo mais ele está de volta.
Analú: homicídio não é fácil...
TH: foi em legítima defesa novinha, tu sabe disso.
Analú: mais do que ninguém, mas a fama dele de vim do morro não convence ninguém. – ficamos em silêncio – mas vou mudar isso.
TH: sei que vai – ele sorrio e saímos do quarto –.
Passei o dia com eles, comemos a famosa feijoada, tomamos açaí porque o calor estava demais. O dia ali no morro era tão feliz, as pessoas eram alegres independente de onde eles moravam e isso era confortante demais. Pensava em Rodrigo o tempo todo...
O sol estava se pondo quando decidi ir embora, TH queria me levar a todo custo mas preferia que ele ficasse com Bia.
Analú: tu me liga qualquer coisa?
Bia: claro que sim – ela me abraçou –.
Analú: tu pensa em voltar?
Bia: ainda está cedo, não quero ver a cara de ninguém.
Analú: na faculdade tu não vê mais.
Bia: se eu encontrar Dara – ela balançou a cabeça –.
Analú: me resolvo com ela.
Bia: te amo.
Analú: também amiga.
Desci o morro de moto com um dos meninos e chamei o táxi, sai de lá e fui direto para a casa de Victor... precisávamos conversar e ele havia me mandado uma mensagem dizendo que estava me esperando e que era importante.
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Nem todo erro é errado ||
Ficção AdolescenteEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia Capa: sophiadelrey • +16 | Após passar 2 anos, algumas coisas mudaram, Manu e Bruno seguem uma vida bem independente só os dois no Rio de Janeiro e estão ansiosos com a chegada de Analú, i...