Capítulo 10

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Manu

Quando Bruno entrou ele já estava com os olhos brilhando, já sabia da notícia e o seu olhar já dizia tudo. Ele caminhou até mim e me abraçou forte, choramos juntinhos de tanta felicidades.

Bruno: é real - ele riu e colocou a mão na minha barriga -.

Analú

Duas semanas se passou, Rodrigo me ligava dia e noite e a única pessoa que eu conversava era com a Bia. Meu corpo tremia cada vez que meu celular tocava, deixava no silencioso até ele desistir de ligar.

Bia: porque não atende logo? - falou sentada na minha poltrona -.

Analú: ele é maluco, o irmão a família dele, todos daquele morro. E eu não posso trazer perigo para a Manu, ela esta grávida e esse bebezinho foi muito desejado por todos.

Bia: tá vendo como tu tem um coração enorme? - riu e jogou a almofada em mim -.

Analú: eu sinto vontade de atender, mas não vou aguentar a tentação, Rodrigo é gostoso demais e eu preciso cuidar da minha família.

Bia: a noite vamos para um barzinho? Beber um pouco e jogar conversa fora tá? Você precisa se animar.

Analú: tá bom dona Bianca - rimos -.

Dormimos um pouco a tarde e quando acordamos Bia foi pra casa dela se arrumar e eu entrei no banho, demorei um pouco e saí enrolada na toalha, estava de pé no guarda-roupa procurando o que vestir até Manu bater na porta e entrar.

Analú: vou sair com a Bia, tem problema?

Manu: claro que não - sorrio - só vim ver como você está, passou o dia aqui trancada fiquei preocupada.

Analú: esta tudo bem - sorri e peguei uma calça flear com um body - precisava descansar um pouquinho.

Manu: você esta meio abatida, depois de tudo que aconteceu. É algum amor que eu atrapalhei? - ela perguntou sem jeito e rimos -.

Analú: tudo se resolve e se encaixa no lugar Mana.

Manu: tu sabe que eu tô aqui sempre né? - segurou minha mão e apertei a dela -.

Analú: não só você né? - levei minha mão até sua barriga e acariciei -.

Bia ia dirigindo, então terminei de me arrumar e desci para esperar ela no hall, entramos em seu carro e fomos até o barzinho beira mar que tinha uma caipirinha muito top. Chegamos lá e tinha um pessoal da faculdade dela e Daniel também estava lá, sentamos em uma mesa com o pessoal dele e até que a resenha estava divertida, estava tudo indo bem até eu receber uma mensagem de Rodrigo "Princesa, por favor me encontre próximo ao posto 10 eu preciso te contar um segredo... não sei o dia de amanhã e você precisa saber disso". Meu coração estava balanceado e disparado também.

Bia: Oi... planeta terra chamando - falou dando um tchauzinho e sorri para disfarçar -.

Analú: desculpa - rimos - preciso dá uma saída, coisa rápida eu já volto - falei levantando mas Bia foi atrás de mim -.

Bia: Rodrigo?

Analú: ele precisa me contar alguma coisa, uma coisa séria. Aquele irmão dele é louco, e se for algo importante?

Bia: tu sabe que eu não apoio isso né?

Analú: é no posto 10, aqui na frente... eu volto logo me espera.

Bia: se der 30 minutos e você não voltar me manda uma mensagem se não ligo para a polícia.

Analú: que exagero cara - rimos -.

Me despedi de Bia e saí de lá, fui andando pelo calçadão já que havia muitas pessoas ali passei pelos barzinhos e alguns homens mexeram comigo. Fui chegando até o posto 10 mas não vi nenhum sinal do Rodrigo, senti um frio na espinha ao ver um carro se aproximando e era sua merdecez.

Ele sempre abaixava o vidro mas dessa vez não, a porta abriu e dei de cara com Will senti meu coração acelerado dei meia volta mas ele foi mais rápido do que eu e segurou em meu braço.

Will: aonde você pensa que vai? - sussurrou em meu ouvido e me puxou pra perto dele -.

Analú: me solta - me mexi em suas mãos mas foi em vão, ele era mais forte do que eu -.

Will: cala a porra da boca e entra nesse carro.

Ele abriu a porta e me jogou, entrou em seguida e trancou as portas acelerou e saiu de lá, havia um segurança atrás me segurando fiquei observando o caminho que ele estava fazendo mas logo se ligou.

Will: tampa o olho dela porra.

Analú: pra que? Eu mal conheço o Rio de Janeiro ou você esqueceu que eu não sou daqui? Que sou de BH e que minha mãe é Mia Alcantra... - fiz uma pausa - ah, por isso eu estou aqui né?

Ele não disse nada, apenas apontou a arma pra mim e deixou ela no jeito não tive reação, continuei encarando ele séria enquanto meu peito subia e descia procurando ar para respirar. O segurança que estava me segurando colocou um pano em meu rosto o que me fez ficar sonolenta e apagar, tentei, lutei contra mas foi impossível.

Acordei com uma discussão, eu estava deitada em um colchão em um quarto com a luz fraca e todo apagado, era nojento e escuro, ouvia vozes do lado de fora e risadas, muitas risadas. Mexi no meu bolso e meu celular não estava mais lá nem a minha bolsa senti um desespero quando a porta abriu e Will apareceu com a sua arma na mão.

Will: acordou bela adormecida - falou se aproximando de mim -.

Analú: não encosta em mim - me encolhi no colchão encostada na parede e ele se aproximou ainda mais -.

Will: tu sabe porque está aqui? O babaca do meu irmão te contou?

Analú: cadê Rodrigo?

Will: uma hora dessa - olhou no relógio - ele esta bem longe daqui - riu alto - Como tu é inocente né? Quando Rodrigo me contou eu não achei que fosse, mas você... - passou a mão entre os cabelos sem tirar o olhar de mim - você é muito inocente e isso é tão excitante Analú.

Analú: cala a porra da boca, o que você quer? É dinheiro? Já pode ligar para os meus pais e pedir, não tenho tempo todo pra ficar aqui.

Will: inocente e abusada - ele riu alto - o motivo de você estar aqui é a sua mãe Analú, aquela vaca não foi capaz de tirar meu pai da cadeia e ele morreu por causa dela.

Analú: ninguém mandou ele fugir - cruzei os braços - aí foi uma atitude dele e não da minha mãe. E outra, que culpa eu tenho?

Will: linda, linda é melhor você prestar atenção no que tu fala - bateram na porta e era TH, arregalei os olhos quando vi ele ali e o mesmo piscou pra mim -.

TH: chefe, chegou aquela encomenda. Posso receber já que o Rodrigo não está?

Will: demorou, tá fazendo o que aqui ainda? O lugar dele agora é teu - olhou pra mim e virei o rosto -.

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